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Aguerrida, equipe de voleibol da Abel já deixa saudades

Peço licença aos aficionados por futebol – até porque nosso Bruscão parece despretensioso no Campeonato Catarinense -, mas a reflexão de hoje será sobre vôlei. Afinal, com um orçamento absurdamente enxuto, as meninas da Abel Havan Brusque, por detalhes, não conquistaram uma heroica classificação à Superliga. Histórias como essa merecem toda a admiração. Tudo começou […]

Peço licença aos aficionados por futebol – até porque nosso Bruscão parece despretensioso no Campeonato Catarinense -, mas a reflexão de hoje será sobre vôlei. Afinal, com um orçamento absurdamente enxuto, as meninas da Abel Havan Brusque, por detalhes, não conquistaram uma heroica classificação à Superliga.

Histórias como essa merecem toda a admiração. Tudo começou na reta final de 2016, com a definição da participação do clube na Taça de Prata, competição de acesso para a Superliga B. Foi às pressas, com pouco dinheiro, em meio à crise econômica. Atletas vindas de todo o país, algumas jovens em busca da afirmação, outras experientes sem espaço em grandes clubes. Juntas representaram Brusque em uma campanha belíssima que rendeu título.

Para a Superliga B as contratações foram no limite e o dinheiro ainda era curto. Os salários das atletas eram pagos com a renda das partidas. Pelo menos todos os jogos foram marcados por bom público na Arena Brusque. A sinergia entre equipe, comissão técnica e público provou mais uma vez que Brusque é uma cidade que ama o voleibol. Elas partem para outros desafios e se despedem de cabeça erguida, deixando saudades e com a certeza de que as portas do berço da fiação catarinense estarão abertas.


Carlos Alberto marcou o gol de desempate contra o Avaí, mas Brusque sofreu gol logo na saída de bola. Foto: Márcio Costodio

Quem é o Brusque?
Esse mesmo elenco do Bruscão, tirando e colocando poucas peças, já mostrou três facetas na temporada. Foi o Brusque frágil do 4 a 0 para o Criciúma em casa e da derrota no primeiro Metrusque do ano, foi o Brusque guerreiro da Copa do Brasil e da campanha surpreendente no estadual e agora é o Brusque sem fôlego das derrotas por virada. A torcida sabe bem qual Brusque quer, mas time precisa corresponder e lembrar que sabe jogar bom futebol.

Confusões no Amador
Tudo corria bem com o Campeonato Amador administrado pela Liga Desportiva Brusquense (LDB), mas os males de não ser um órgão reconhecido pela Federação Catarinense de Futebol vieram à tona. O interventor da liga comunicou à imprensa que o Carlos Renaux perdeu pontos por ter jogado com atletas irregulares. Até um ofício assinado por uma tal de Top Look Agência surgiu no grupo de WhatsApp oficial do evento. Acontece que a arbitragem não recebeu o ofício, ainda não se sabe quem julgou o caso, tampouco os motivos da irregularidade. Falha claríssima de comunicação e organização.

Vôlei tenta apoio da prefeitura
A equipe de vôlei de Brusque ainda não desistiu da vaga na Superliga. Entre julho e agosto está prevista a realização da Taça Ouro, uma competição que dá mais uma vaga à elite da modalidade. Mas o técnico e presidente do projeto Abel, Mauricio Thomas, deixou claro que não haverá participação caso a prefeitura de Brusque não colabore. Difícil missão.

Saco de pancadas
Não há outro termo para exemplificar a campanha brusquense na Liga Ouro de Basquetebol. Lanterna da competição, a AD Brusque jogou seis partidas e perdeu as seis. Fica difícil de compreender como uma equipe que sempre foi competitiva – é a atual campeã catarinense e vice-campeã da Supercopa Brasil – simplesmente não consegue vencer um jogo sequer. Restam ainda treze jogos para completar o ciclo da competição, e a torcida da cidade espera que haja pelo menos um triunfo de honra.


Guarda-corpos da arquibancada cedeu em 2007. Foto: Ricardo Ranguetti / Arquivo O Município

A polêmica da arquibancada metálica
A CBF faz bem em cobrar com antecedência a solicitação de arquibancada metálica, como aconteceu com o Brusque na partida contra o Corinthians no dia primeiro de março. Isso permite um prazo de vistoria maior. Há dez anos, o Augusto Bauer quase foi interditado devido a um acidente ocasionado por má preservação da arquibancada, na mesma posição que a diretoria quadricolor gostaria de ter colocado no duelo com o Timão. Em jogo contra o Avaí no dia 25 de março de 2007, o guarda-corpos da estrutura cedeu e feriu oito torcedores.