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Brusque tem a gasolina mais cara da região

Em apenas dois meses, o município passou da gasolina mais barata para a gasolina mais cara

Com o aumento da gasolina, no mês de janeiro, os preços praticados em Brusque mudaram consideravelmente. Se antes do reajuste, os postos da cidade registravam os menores preços da gasolina na região, depois do anúncio da Petrobrás, a situação se inverteu, e a gasolina brusquense agora é a mais cara. 
“Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), antes do reajuste, a média de Brusque era R$ 2,69. Hoje, a cidade apresenta uma média de R$ 2,92 o litro da gasolina. Itajaí, por exemplo, apresenta uma média de R$ 2,87; Balneário Camboriú apresenta uma média de R$ 2,91; e Blumenau uma média de R$ 2,89.
Analisando os valores dessas quatro cidades, concluímos que Brusque tem a gasolina mais cara. Em apenas dois meses, passamos da gasolina mais barata para a mais cara de toda a região”, afirma o coordenador do Procon de Brusque, Fábio Roberto de Souza.
Constantemente, o Procon de Brusque realiza tomadas de preço para ter o controle dos valores cobrados pelos postos de combustíveis. Segundo Souza, há muito tempo o órgão não recebia reclamações sobre o preço cobrado no município. Isso começou a mudar após o reajuste de janeiro. “Há mais de três anos nós não tínhamos mais recebido no órgão questionamentos com relação aos preços aplicados em Brusque. Ocorre que esse ano foi anunciado pelo governo um repasse de aumento, e depois disso, vários questionamentos começaram a vir para o Procon com relação a preço de combustível”, destaca.
O principal questionamento dos consumidores é sobre a equiparação dos valores cobrados nos postos de Brusque. “Recebemos muitas queixas com relação a equiparações, preços muito parecidos. Em razão disso, o órgão começou a fazer fiscalizações. A primeira deste ano aconteceu em fevereiro, com a compilação de alguns dados da região e fizemos agora no mês de março outros levantamentos. Junto com esses levantamentos, notificamos todos os postos de Brusque para que nos apresentem as notas fiscais de compras dos últimos seis meses”, declara.
De acordo com Souza, de posse desses documentos, o órgão fará um parecer prévio se há ou não uma equiparação de preço. “Esse será um parecer do órgão, vamos encaminhar para outros órgãos para que sejam por eles emitidos os seus pareceres. Deverá ser encaminhado para o Ministério Público, como também poderá ser encaminhado, em nível federal, para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Eles têm as suas normativas, fazem as suas análises com relação a este fato específico que é a precificação de combustíveis”, ressalta.
A partir do fim das notificações, que aconteceu na segunda-feira, 25 de março, os postos de combustíveis têm 10 dias úteis para apresentar as notas fiscais solicitadas. “Em Brusque, temos 40 postos de combustível e todos foram notificados. Alguns já estão entregando a documentação. Depois desta entrega, certamente será feita mais uma tomada de preços e os relatórios preliminares começam a ser montados”, adianta.
> Confira a reportagem completa e o levantamento de preço de todos os postos de combustíveis de Brusque na edição de quarta-feira, 27 de março.