Brusque tem aumento de 40% no número de mortes no trânsito em 2022
Maioria das vítimas são homens e motociclistas
Maioria das vítimas são homens e motociclistas
Até o dia 22 de dezembro, Brusque registrou 28 mortes no trânsito em 2022. O número é 40% maior do que o registrado em em 2020 e 2021, quando a cidade registrou, nos dois anos, 20 óbitos decorrentes de acidentes de trânsito.
O mês de dezembro é um dos mais violentos, junto com abril. Foram cinco mortes registradas em cada mês, sendo que em dezembro, quatro delas aconteceram em uma semana. A vítima mais recente do trânsito em Brusque morreu na tarde de quarta-feira, 21, após ser atropelada por um caminhão na rodovia Antônio Heil, no Centro.
Teresinha Diegoli, 67 anos, foi atingida pelo caminhão quando terminava de atravessar a rodovia. Ela foi socorrida com ferimentos graves pelos bombeiros e quando chegou ao Hospital Azambuja, teve uma parada cardiopulmonar e não resistiu.
Outras vítimas do trânsito em dezembro foram Jailton de Oliveira Júnior, 38 anos, que caiu com o carro no rio Itajaí-Mirim; Rogério Luchini, 54 anos, que estava de moto e foi atingido por um carro em alta velocidade no bairro Dom Joaquim; Sérgio Petris, 73 anos, que colidiu a bicicleta em um poste, no bairro São Pedro e Newmar Vieira Dias, 41 anos, que sofreu uma queda de motocicleta no bairro Rio Branco e não resistiu aos ferimentos.
O mês de agosto foi o único que não registrou acidente de trânsito com morte em Brusque neste ano. Janeiro, fevereiro, março, julho e setembro registraram um óbito em decorrência do trânsito cada um.
De acordo com levantamento realizado pela Polícia Militar, das 28 mortes registradas neste ano até agora, 17 foram de motociclistas.
Ainda segundo as informações da PM, os homens são maioria entre as vítimas fatais no trânsito brusquense. Dos 28 óbitos, 22 são do sexo masculino e apenas seis são mulheres.
O comandante da Polícia Militar de Brusque, tenente-coronel Heintje Heerdt, destaca que os acidentes com morte envolvem uma série de fatores, a começar pelo tipo de veículo. “A maioria dos condutores pilotavam motocicletas, que oferecem quase nenhuma proteção para o piloto em eventual impacto”.
Outro ponto observado pelo comandante é a imprudência. “É um fator de preocupação, pois os principais motivos para os óbitos foram o consumo de álcool, alta velocidade e ultrapassagens perigosas. Acontece que muitas vezes a vítima não é o condutor imprudente, mas sim um terceiro que estava em seus afazeres e acaba sendo vitimado pela irresponsabilidade de outro”.
O comandante também destaca que das 28 mortes, dez tiveram o consumo de álcool confirmado entre os envolvidos nos acidentes.
“Desde que foram reiniciadas as blitz da Lei Seca em Brusque, não houve morte no trânsito vinculada ao consumo de álcool”, diz.
Neste ano, a PM voltou a realizar as operações durante a noite. Até o momento, 135 motoristas foram autuados por embriaguez ao volante ou por se recusarem a fazer o teste do bafômetro durante a abordagem.
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