Brusque tem o nono maior PIB de Santa Catarina
Indicador da cidade é de R$ 4,3 bilhões, crescimento de quase 20% em relação ao ano anterior
Brusque é a nona maior economia de Santa Catarina, com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 4,3 bilhões. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a versão mais recente da sua pesquisa anual sobre o PIB dos Municípios no dia 18 deste mês. Os números correspondem à atividade econômica de 2013.
Na comparação com 2012, Brusque subiu uma posição, pulou de 10º para nono lugar. Um dos motivos para esta alteração na classificação é uma mudança na metodologia empregada pelo IBGE. A partir deste ano, o instituto reformulou o modo como faz a medição do PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos no município. Por isso, Itajaí – que ficou em primeiro lugar em 2012, na metodologia anterior – não é mais a maior economia de Santa Catarina. Joinville tomou a liderança.
O IBGE passou a utilizar o System of National Accounts, SNA-2008, para computar a riqueza, dando pesos diferentes para os setores da economia. O ano de comparação passou a ser 2010, que também já foi revisado, portanto, as comparações são possíveis, já que os indicadores são os mesmos.
A pesquisa aponta que Brusque é uma das economias mais pujantes do estado. De 2012 a 2013, houve um crescimento de 19,1% na riqueza da cidade. E se a comparação for com 2010 o município ficou 31% mais rico. Em 2013, a crise financeira ainda não tinha atingido o país.
“O PIB de um município mostra o quanto ele rendeu no período de tempo pesquisado”, explica Arilson Fagundes, economista e professor da Assevim/Uniasselvi. O especialista enfatiza que o PIB leva em conta apenas a economia formal. Ou seja, os negócios que emitem nota e pagam impostos. Ambulantes e desempregados não compõem a conta.
O mesmo levantamento traz a representatividade da Indústria, Agropecuária, Serviços, Administração Pública e impostos no PIB. A Indústria desacelerou em dois pontos percentuais entre 2012 e 2013. Esta queda foi compensada pelo poder público, que cresceu quase um ponto, e pela arrecadação de tributos, que cresceu mais de um ponto.
Este tipo de levantamento é importante, sobretudo, para a administração municipal e para a iniciativa privada, afirma Fagundes. É com este tipo de projeção que os investidores escolhem novos mercados. Um exemplo de investimento externo é o novo shopping que se instalará em Brusque até 2017.
O economista afirma que o ideal é que as prefeituras prestem atenção a estes indicadores e procurem atrair mais investimento e, simultaneamente, enxuguem a sua própria envergadura. Ele diz que isto é importante “ainda mais neste momento difícil”.
PIB per capita
Outro indicador pesquisado pelo IBGE é o PIB per capita. Este indicador nada mais é do que o PIB total dividido pelo número de habitantes. Em 2013, Brusque tinha 116.634 habitantes, o que gerou o indicador de R$ 37.650,07 por residente.
Fagundes explica que o PIB per capita é um indicador importante, que mostra o quão rica é uma cidade. “Mas é só um número e não reflete 100% [a realidade]. Ainda assim, serve para o futuro”, diz. O economista afirma que este índice não leva em conta a desigualdade social, por isso é preciso fazer uma análise criteriosa. Ter o maior PIB per capita não significa, necessariamente, melhor qualidade de vida.
Região
Guabiruba ficou em 51º lugar, com um PIB de R$ 764,9 milhões. Em comparação com 2010, o crescimento foi de 47%. Botuverá viu a sua riqueza doméstica subir 67% desde 2010, e em 2013 alcançou o PIB total de R$ 172,4 milhões.
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