Brusque tem oito bairros considerados infestados com focos do mosquito Aedes aegypti
Atualmente, município não tem casos positivos de dengue há mais de três meses
Atualmente, município não tem casos positivos de dengue há mais de três meses
Brusque tem oito bairros considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, entre outras doenças. Os bairros com mais focos positivos são Nova Brasília, Santa Terezinha, Santa Rita, São Luiz, São Pedro, Steffen, Azambuja e Águas Claras.
O manual da Vigilância Epidemiológica considera três classificações para determinar o nível dos focos do mosquito: bairros infestados, bairros em risco de infestação e bairros em monitoramento.
Além disso, a cidade tem 1589 focos do mosquito. Para identificar os locais onde há pontos de proliferação do inseto, os agentes de endemias realizam buscas pelas residências dos bairros. Ao encontrar uma água parada com larvas, o profissional realiza a coleta da larva e coloca em um tubete.
O item é levado até a Vigilância Epidemiológica para ser analisado no laboratório de entomologia. No microscópio é feita a identificação da larva e, se for caraterística da larva do mosquito Aedes Aegypti, é considerado um foco positivo. O ciclo entre ovo, larva e mosquito leva cinco dias.
Conforme a diretora de Vigilância em Saúde, Ariane Fischer, Brusque já contabilizou 13 casos de dengue neste ano, sendo 12 autóctones, ou seja, oriundos do próprio município, e um proveniente de outro local. No entanto, a cidade não registra um novo caso há mais de três meses.
“A situação é considerada de alerta sempre, apesar de não ter caso positivo de dengue, os focos estão aumentando”, pontua.
Segundo Ariane, em 2021 o Brasil registrou uma média de 48,9 casos a cada 100 mil habitantes. Ela diz que a estatística de Brusque mostra a média de 9,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Ela ainda afirma que os bairros considerados infestados demandam de visitas diárias em casas e comércios. É importante que os locais recebam visitas em seis ciclos, ou seja, por seis meses até a diminuição dos focos.
“Isso explica que, por vezes em alguns bairros, o cidadão não recebe tão frequentemente em sua residência a visita do agente comunitário de endemias, pois há demanda de trabalho intensivo nos bairros infestados”.
Durante as visitas, os itens encontrados com maior frequência pelos agentes de endemias são potes, garrafas viradas com a boca para cima, plásticos e lonas com água acumulada. Além disso, entulhos de construção também são achados com bastante frequência, assim como as calhas entupidas.
Ariane explica que devido à pandemia de Covid-19, as pessoas ficaram mais receosas para receberem os agentes de endemias. “Solicito que os cidadãos brusquenses voltem a receber os agentes comunitários de endemias nas residências, pois eles são treinados e experientes em identificar possíveis criadouros”, salienta.
Segundo a diretora, durante o verão os focos do mosquito podem aumentar consideravelmente, devido às chuvas de fim de tarde que são mais frequentes e, consequentemente, acumulam água.
Ela ainda alerta as pessoas que antes de viajarem nas férias de fim de ano, prestem atenção e sigam algumas regras para evitar a proliferação do mosquito. É importante que todos os recipientes que possam armazenar água sejam esvaziados e guardados em espaços fechados. Pratos de florem devem ser preenchidos com areia e furados, os ralos precisam ficar tampados. Além disso, é preciso analisar também os recipientes pequenos, como tampas de garrafas, pois podem se tornar criadouros.
“E aqueles que viajaram para regiões de grande ocorrência da dengue devem ficar atentos aos sintomas. Em caso de febre alta, erupções na pele, dores musculares e articulares, procure atendimento médico. É muito importante que os casos de dengue sejam identificados e notificados para que possamos fazer a varredura e bloqueio, assim também evitamos que casos autóctones aconteçam”, finaliza.
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