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Brusque tem pior começo de Campeonato Catarinense desde 1999

Última vez que time ficou tanto tempo sem vencer na largada do estadual foi há 20 anos

Ao término de quatro rodadas do Campeonato Catarinense 2019, o Brusque Futebol Clube não deslanchou. Foram quatro rodadas sem vitória, com três empates e uma derrota. No meio do caminho, a queda de um técnico: Paulo Baier não resistiu aos resultados e foi desligado após a terceira rodada. Chegou Marcelo Caranhato, que em sua estreia empatou com o Marcílio Dias.

A última vez que o quadricolor ficou tanto tempo sem vencer no início da primeira divisão estadual foi exatamente há 20 anos, no Catarinense de 1999. Na edição, o clube terminou na 10ª posição, entre 12 clubes participantes, mas não foi rebaixado na competição.

Na contagem de pontos, os números apontam que este é o pior desempenho do Brusque na elite do Campeonato Catarinense dos últimos seis anos. Somente em 2012, ano que foi rebaixado, o time acumulou o mesmo número de pontos: três, em 12 disputados, em uma porcentagem de 25% de aproveitamento.

Mesmo em 2012, quando teve temporada catastrófica, o Brusque não demorou tanto para vencer. Largou com vitória na estreia, em partida contra o Metropolitano. No rebaixamento seguinte, em 2014, o Brusque acumulou quatro pontos em quatro rodadas. A melhor largada desde então foi em 2017, quando o time somou seis pontos em quatro rodadas sob um comando dividido entre Mauro Ovelha e Pingo.

Ataque x defesa
Os números do ataque ainda são tímidos, ao passo que a defesa é uma preocupação para o Brusque nesta edição. Somente Hélio Paraíba marcou, e o time mostra uma dependência do centroavante que está pendurado, com dois cartões amarelos. A ausência dele em um futuro breve é iminente, e a equipe de Caranhato precisará encontrar outros meios de balançar as redes.

Foram quatro gols marcados, todos pelo camisa 9, sendo um em cada partida. O Brusque ainda não conseguiu ficar sequer uma partida sem sofrer gols, e saiu perdendo em todos os confrontos, tendo que ir buscar o resultado, mas sem forças para buscar a virada. Já são cinco gols sofridos em quatro jogos, média de 1,25 por duelo.

Reforços e departamento médico
Problemas com a efetivação de atletas contratados também ampliaram as dificuldades do time. Até o momento, os mais recentes reforços – o meia Vitor Junior e o meia-atacante Maranhão – não puderam estrear. Contratação mais badalada da temporada, Vitor não chegou na sua melhor forma, e por isso passou duas rodadas sem ser nem ao menos relacionado no banco de reservas.

No caso de Maranhão, o problema foi com o seu registro no Boletim Informativo Diário (BID) da Conferação Brasileira de Futebol (CBF). Ele estava emprestado ao Macaé (RJ) pelo Sampaio Corrêa (RJ). Somente nesta segunda-feira, 28, a rescisão com o time carioca foi publicada.

Dois atletas começaram o ano no departamento médico. Cleyton, zagueiro, e Luiz Beltrame, volante, estavam lesionados. Agora já demonstraram evolução, e dentro desta semana ainda devem ficar à disposição do técnico. Já Mineiro, com novo rompimento do ligamento cruzado do joelho direito, fica fora dos gramados por mais nove meses.

Sequências nas primeiras quatro rodadas desde 1999*

* Somente na primeira divisão
D = derrota; V = vitória; E = empate

Pontos somados até a quarta rodada nos últimos seis anos