Brusque precisa de cinco gols em sete jogos para não ter o pior ataque da Série B desde 2006
Quadricolor balançou as redes apenas 19 vezes em 31 jogos; edição de 2022 pode ser a com menos gols
Quadricolor balançou as redes apenas 19 vezes em 31 jogos; edição de 2022 pode ser a com menos gols
Com 19 gols em 31 partidas, o Brusque é dono do pior ataque da Série B de 2022, e está próximo do recorde negativo da segunda divisão nacional desde 2006, quando começou a ser disputada com 38 rodadas. Para evitar ser o pior na série histórica, o quadricolor precisa anotar cinco gols nas sete últimas rodadas da competição. Assim, ultrapassaria o Brasil de Pelotas, que é dono de apenas 23 gols marcados na edição de 2021.
A média atual do Brusque é de 0,61 gol por jogo, com seis dos 19 gols originados em bolas alçadas na área, três pênaltis e quatro chutes de longa e média distância. Os artilheiros são Diego Jardel e Alex Sandro, com três gols cada. O meia converteu dois pênaltis, e o atacante, um. Para superar o Brasil de Pelotas de 2021, precisa de cinco gols em sete jogos, uma média de 0,71.
E mesmo os pênaltis não têm sido aproveitados pelo quadricolor. Nesta Série B, dos nove que teve a favor, apenas quatro foram convertidos. Nenhum clube teve tantos pênaltis para cobrar. Alex Sandro perdeu dois, assim como Gabriel Taliari: um anulado na polêmica dos dois toques contra o Cruzeiro e a cobrança contra o Vasco, na qual o camisa 97 fez o gol da vitória no rebote. Zé Mateus foi o primeiro a desperdiçar uma penalidade máxima, ainda na terceira rodada.
A produtividade de gols vem piorando nos últimos dois meses. Nas dez partidas mais recentes, o Brusque marcou apenas em três delas, com duas sequências de três jogos sem balançar as redes.
Dados do SofaScore evidenciam os problemas. Ao fim da 31ª rodada, o Brusque é o segundo time em média de chutes na direção do gol por jogo (4,4). Está empatado com o Grêmio e atrás do Cruzeiro (4,7). Em média geral de finalizações, o quadricolor é o oitavo (13,6). Contudo, apenas 5% das finalizações do Brusque são convertidas em gol. É a pior taxa de aproveitamento da Série B. A média é 7,5%, e a melhor taxa é a do Vasco (10%).
Historicamente, o Brusque nunca esteve tão mal na produtividade do ataque desde 2012, considerando todas as edições de divisões do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Catarinense que disputou. No estadual de 2012, quando o quadricolor foi rebaixado na lanterna, marcou 12 gols em 18 jogos (média de 0,67). Desde então, no Brasileiro e no Catarinense, sempre obteve média de gols superior a um por partida, com exceção da Série D de 2016: sete em oito jogos, média de 0,88.
Desde que a Série B passou a ser disputada em turno e returno com pontos corridos, em 2006, apenas 10 times marcaram menos de 30 gols nas 38 rodadas que disputaram. Nove destas equipes pertencem às últimas cinco temporadas (2017-2021), além da Portuguesa de 2014.
Isto é reflexo da queda na quantidade de gols do campeonato ao longo dos anos, especialmente na última década. E se, nas últimas sete rodadas, mantiver exatamente a média demonstrada até o fim da 31ª, é possível que a Série B termine com a menor quantidade de gols desde 2006: 727 (61 a menos que 2019, pior ano no quesito).
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