Brusque tem protocolo pronto para reabertura de campos e quadras, fechados há cinco meses

Proprietários entraram em tratativas com prefeitura, que permanece optando por não liberar atividades

Brusque tem protocolo pronto para reabertura de campos e quadras, fechados há cinco meses

Proprietários entraram em tratativas com prefeitura, que permanece optando por não liberar atividades

Campos e quadras de futebol society e futsal estão fechados há cinco meses em Brusque, desde os primeiros fechamentos da pandemia de Covid-19, e proprietários de estabelecimentos do tipo têm reivindicado o retorno às atividades.

Em conjunto com a Secretaria de Saúde,  uma comissão chegou a elaborar um protocolo de segurança sanitária, pronto para ser executado assim que os trabalhos forem retomados. Os impactos são mais preocupantes para quem não tem uma fonte de renda complementar.

Tiago Cuchi é proprietário do Euro Soccer, no bairro Guarani. O estabelecimento tinha de 18 a 20 grupos que pagavam mensalmente para jogar, mas com a pandemia, não há mais nenhum faturamento.

“Em abril criamos um grupo de Whatsapp para reunir os proprietários. Em 1º de junho, tivemos mais contato com a prefeitura. Estamos dispostos a obedecer todas as normas que forem necessárias”, comenta.

Na Sociedade Caça e Tiro Ipiranga, no bairro Souza Cruz, Sergio Lang atendia entre 35 e 40 grupos. Hoje, afirma que está pagando para trabalhar.

“Ninguém pediu o cancelamento, até porque ninguém está precisando pagar. Mas o impacto vai ser visto quando voltarmos. Talvez alguns grupos se acabem porque alguns membros desistem por conta da pandemia.”

No HKR Soccer, localizado no bairro São João, o proprietário Guilherme Rodrigues vive situação semelhante. Seu campo tinha, até o início da pandemia no Brasil, 16 grupos. “As despesas continuam. Quem tem outro serviço e fez alguma reserva ainda consegue se virar, apesar de todas as dificuldades. Mas sabemos de quem não tem outra fonte de renda familiar, e a situação fica ainda pior.”

“Querendo ou não, também somos um ramo que tem giro. Há fornecedores, funcionários, compromissos, trabalhos indiretos relacionados à atividade”, completa.

Os três empresários argumentam que outros municípios têm liberado as atividades e relatam que, por mais que um estabelecimento possa dispor de bar e/ou restaurante, o público é quem joga no local. Desta forma, os faturamentos estão praticamente zerados há cinco meses, enfrentando situações vistas em turismo e eventos e em salas de cinema, por exemplo.

Protocolo

O esboço de um decreto municipal, que não chegou a ser publicado, data de 4 de junho e liberaria o retorno das atividades em quadras esportivas, campos de futebol e paintball e afins, com diversas restrições. Entre as medidas, os participantes deveriam responder questionário previamente elaborado pela Vigilância Sanitária, para identificar sintomas respiratórios.

Há 18 medidas que seriam impostas aos estabelecimentos, incluindo suspensão de competições, interdição de vestiários. A maioria trata de higienização dos ambientes e da prevenção contra aglomerações com regras de atendimento.

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