Brusque tem queda de 12% na abertura de empresas nos primeiros meses de 2021
Percentual é comparado com os primeiros meses de 2020
Até a primeira quinzena de março foram abertas 483 empresas em Brusque. O número é 12% menor do que o registrado em 2020, quando foram emitidos 547 alvarás de abertura. Os dados são da Secretaria da Fazenda, enviados a pedido do jornal O Município.
“Essa queda de 12% depois de nós passarmos anos sempre tendo crescimento, com certeza se atribui a essa questão do momento que estamos vivendo” , comenta o diretor-geral da Fazenda, Guilherme Ouriques.
Comércio do vestuário, indústria da moda (confecção, facção) e construção civil são os ramos mais propensos à abertura de novos negócios.
Já o número de fechamentos de empresas em Brusque caiu nos primeiros meses de 2021 em comparação com o mesmo período no ano passado. Segundo os dados, de janeiro até a primeira quinzena de março foram fechadas 79 empresas, número quase 6% menor do que o de 2020.
Ouriques diz que a queda na quantidade de baixa de empresas é um indício de que “a balança não está distorcida”, ou seja, as empresas, mesmo em meio à pandemia, estão conseguindo se manter.
Os dados enviados pela pasta a pedido da reportagem não contemplam os ramos com valores abaixo de dez nas aberturas. Confira:
Ouriques recorda que, um ano atrás, quando as atividades foram paralisadas, a percepção era de que a pandemia não duraria muito tempo. “Passou um tempo e a situação se consolidou, que a pandemia não seria algo que passaria rápido. A partir desse ano eu acredito que estamos vendo os reflexos”.
O percentual negativo, por enquanto, não é um problema. Se o quadro permanecer o mesmo ao longo do ano, será analisado de outra forma.
O diretor-geral da Fazenda observa que o empreendedor está freando. Como o cenário é de incertezas, quando tem um recurso para investir, opta por esperar.
“Começo do ano é sempre mais complicado, ainda tem muitas incertezas. É muito das pessoas estarem vendo menos oportunidades, especialmente para o crescimento dos pequenos negócios. A gente tem que aguardar a luz no fim do túnel dessa situação”, analisa Ouriques. O movimento maior ocorre a partir de maio.
Ele cita que serviços mais corriqueiros como de beleza, não têm um crescimento porque foram muito impactados pela pandemia. No início do ano passado, por exemplo, foram abertos 27 salões de beleza em Brusque. Neste ano, foram emitidos 11 novos alvarás para o setor.