Brusque tem saldo positivo de empregos em janeiro, mas expectativa é de queda
Indústria foi principal responsável pelo aumento de vagas no primeiro mês de 2021
Janeiro de 2021 teve saldo positivo de empregos formais em Brusque. O setor industrial foi o principal responsável pelo aumento dos postos de trabalho na cidade, com 786 trabalhadores a mais do que o registrado em dezembro do ano passado.
Apesar da pandemia e do saldo negativo de vagas em dezembro, em 2020, Brusque teve saldo positivo de empregos, e o primeiro mês de 2021 seguiu essa tendência.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana, quase 1,9 mil pessoas foram admitidas na indústria em janeiro, enquanto cerca de 1,1 mil foram demitidos. O setor de serviços também registrou um saldo positivo de postos de trabalho: 108 a mais comparado com o mês anterior.
A maior queda foi na construção civil, com a diminuição de 182 pessoas empregadas. No comércio, o saldo foi negativo de 48. No total, Brusque registrou 3.135 pessoas admitidas e 2470 demitidas, o que representa 665 trabalhadores empregados a mais do que em dezembro de 2020.
O saldo de postos de trabalho em janeiro de 2021 é bem parecido com o mesmo mês do ano passado, ainda antes do início da pandemia no Brasil. Foram 791 novas vagas em janeiro de 2020, também com a indústria como grande protagonista.
A grande diferença entre o primeiro mês de 2020 e 21 é o saldo da construção. No ano passado, o setor registrou saldo positivo de 45 vagas no período, enquanto neste ano foram 182 trabalhadores a menos empregados na área.
Expectativa não é das melhores
Presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Conti conta que, no fim do ano passado, as empresas se animaram com a perspectiva da vacinação contra a Covid-19 e a queda dos números da pandemia em vários estados. Segundo ela, os números de janeiro até surpreenderam positivamente. O panorama, porém, piorou muito desde então.
Rita relata que a expectativa da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) para os próximos dados a serem divulgados, de fevereiro e março, não é tão otimista quanto a de janeiro. Ela afirma que o agravamento da pandemia trouxe novamente a insegurança aos empresários.
“Tinha uma demanda reprimida, com alguns estados voltando a abrir alguns setores, mas agora estamos já em outro cenário. A preocupação é que haja desemprego. A vacina não está vindo no volume que a gente precisava, a curva do coronavírus está muito ascendente, então acredito que o reflexo será negativo nos próximos levantamentos. Os empresários começaram a ser cautelosos novamente”.
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