Brusque terá CAPS Infantil

Atendimento será destinado a jovens de até 17 anos; imóvel do Iprev é umas das alternativas para implantação

Brusque terá CAPS Infantil

Atendimento será destinado a jovens de até 17 anos; imóvel do Iprev é umas das alternativas para implantação

A prefeitura de Brusque implantará, até o fim do ano, um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infantil no município. O objetivo é atender crianças e jovens de até 17 anos que apresentam transtornos mentais ou transtornos decorrentes do uso de drogas. Segundo os responsáveis pela saúde, a implantação do atendimento especial é necessária devido à crescente demanda.

Atualmente, Brusque conta com dois centros: o CAPS 2, que realiza atendimentos interdisciplinares e psicossociais, e o CAPS-ad, voltado ao atendimento de pessoas com transtornos mentais vinculados ao uso de álcool e de outras drogas. No entanto, ambos são destinados apenas aos adultos.

“Hoje se chega uma criança em um dos CAPS, nós a recebemos e nós a encaminhamos para algum atendimento individual. Mas se uma criança vem para conversar, para contar alguma situação ou pedir ajuda mais específica, nós temos dificuldade para esse atendimento. Essas situações acontecem muito nos dois CAPS”, explica a coordenadora do CAPS 2, Inajá Araújo.

De acordo com ela, as crianças precisam de atendimentos psicossociais específicos, com espaços lúdicos e criativos. Nos CAPS destinados aos adultos, não há como inseri-las em grupos de apoio ou discussão. A coordenadora explica ainda que uma criança recém introduzida no mundo das drogas não pode ter o mesmo atendimento prestado a um adulto com anos de consumo.

“E também há diferença entre as próprias crianças. Algumas é possível afastar das drogas apenas com atendimento educacional. Outras que estão com mais problemas precisam do acompanhamento de algum especialista em saúde.

Também trataremos de crianças que passam por transtornos de humor, crianças que sofreram agressões ou crianças que agridem outras crianças”, esclarece.

O projeto de implantação do CAPS Infantil já foi encaminhado ao Ministério da Saúde. Após aprovado e após o repasse dos recursos, a equipe de atendimento será constituída. Segundo Inajá, no último concurso público realizado pela prefeitura foram incluídos alguns dos profissionais para o novo centro.

No início das atividades, serão chamados/contratados um médico com capacitação em saúde mental (neuropediatra, pediatra infantil etc), um enfermeiro com capacitação em saúde mental, quatro profissionais de nível superior (fonoaudiólogo, terapeuta etc) e cinco profissionais de nível médio (artesão, músico terapeuta, técnico em enfermagem etc).
Terreno do Iprev

A previsão da secretaria de Saúde é de que o CAPS Infantil seja inaugurado no segundo semestre deste ano. Porém, ainda não há definição sobre o local em que será implantado. O imóvel que abrigou o Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev), na Rua Riachuelo, no Centro, é uma das possibilidades.

Na semana passada, o MDD divulgou matéria sobre reclamações de pessoas que moram próximas ao local. Elas disseram que o espaço, que está abandonado desde 2012, é utilizado por adolescentes para o consumo de drogas, além de estar mal conservado – inclusive, com a proliferação de ratos e de baratas.

Segundo a secretária de Saúde, Ana Ludvig, a administração municipal contatou a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque através da própria coordenadora do CAPS 2. Agora, o município aguarda a decisão do estado. Como a cessão pode ser rejeitada, outros imóveis estão em análise.

“Parece que teve boa aceitação por parte da regional do estado. Nossa expectativa é de que logo ocorra um encaminhamento para agilizar o processo. Ainda não conhecemos o imóvel, mas pelas imagens parece que é adequado. Se não der certo, já estamos analisando outros para podermos alugar, uma vez que a abertura do CAPS Infantil já conta no planejamento de 2015”, afirma.

A secretária ressalta ainda que se o governo estadual cedesse o imóvel para a administração municipal seria “uma boa alternativa” tanto para o estado, que colocaria o espaço em utilização, quanto para o município, que encontraria espaço adequado para a implantação do centro.

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