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Brusque terá laboratório público de fitoterapia até o fim do ano

Secretaria de Saúde diz que município tem R$ 500 mil disponíveis para implantação do projeto

A rede pública de saúde de Brusque deverá contar, até o fim do ano, com um laboratório de fitoterapia, de manipulação de plantas, responsável pela realização do tratamento de doenças e recuperação da saúde. O governo estuda o local para a construção, mas garante que já há R$ 500 mil, oriundos do governo federal, para a implantação do laboratório.

O projeto de inserção da fitoterapia iniciou em 2014, ainda no governo Paulo Eccel (PT). Já em 2015, a então secretária de Saúde, Ivonir Zanatta Webster, a Crespa, na gestão do prefeito interino Roberto Prudêncio Neto (PSD) deu continuidade às tratativas de implantação.

Na ocasião, os gestores da pasta se reuniram com profissionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para buscar alternativas para o projeto em Brusque. No entanto, desde aquela época, não se falou mais sobre o assunto, que foi retomado neste ano.

Nesta semana, o secretário de Saúde, Humberto Fornari, esteve no Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) averiguando possíveis espaços para o laboratório. Ele diz que o projeto foi retomando e que necessita de um lugar que ofereça espaços para a plantação, secagem e classificação científica das plantas. Um dos locais pensado em conjunto pelas pastas seria o Horto Municipal, com sede no Cedrinho.

“Ainda estamos nos interando e estudando o que é preciso para que o laboratório seja construído. É preciso integrar todas as equipes e viabilizar o espaço. Uma das propostas é o horto, já que não é necessário estar numa região central, como outras demandas da saúde pública”, explica o secretário, que atesta que há recurso do Ministério da Saúde, de R$ 500 mil, necessitando apenas de verba para a construção e manutenção do pessoal.

“O valor já foi liberado para a implantação do projeto. A secretaria está buscando o equilíbrio fiscal em relação à folha para a demanda da contratação do pessoal e agilidade em executar o laboratório. Não vamos criar expectativa, mas no máximo até o fim do ano a comunidade terá opções fitoterápicas para sua saúde”.

Fornari diz que há uma variedade muito grande de plantas e que ainda serão definidas por profissionais da enfermagem quais farão parte do laboratório, já que é necessário pesquisa de campo. Ele destaca que dentro da medicina há prescrições fitoterápicas e que o município poderá sanar essa demanda. “É um trabalho para a comunidade e que vai funcionar se tiver a participação ativa da comunidade, que detém conhecimento sobre os mais variados tipos de plantas”.

Doenças crônicas
A fitoterapia pode ser inserida na maioria das doenças crônicas não transmissíveis ou em alguns quadros clínicos como ansiedade, insônia e hiperatividade.

Medicinas complementares
O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União na terça-feira, 28, a inclusão da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que contempla: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga.

Conforme o documento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o reconhecimento e a incorporação das chamadas medicinas tradicionais e complementares nos sistemas nacionais de saúde de seus países-membro. Além disso, diversas categorias profissionais no país reconhecem essas práticas como abordagem de cuidado.

O secretário de Saúde, Humberto Fornari, diz que nem todas as práticas poderão ser incluídas em Brusque. Porém, afirma que há um projeto de implantação de arte, educação, cultura e projetos de ioga nas duas Academias da Saúde da cidade.

Atualmente apenas a do Santa Terezinha, inaugurada em 2013, está em atividade. A do Santa Luzia está em fase de finalização. Ela deve ser entregue à comunidade nos próximos dias. “Tivemos uma reunião com a Atenção Básica para darmos ‘start’ destas ações nas academias”, diz Fornari.