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Brusque teve nove casos de meningite em 2018, maior número em três anos

Doença é contagiosa e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos

De janeiro até outubro, Brusque teve nove casos confirmados de meningite, doença inflamatória das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

O número de casos é o maior desde 2015, quando o município contabilizou oito pacientes com a doença. Em 2016 foram três casos e, no ano passado, quatro casos confirmados. A meningite é contagiosa e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos.

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De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Brusque, neste ano, foram 11 casos suspeitos da doença. Entre os nove confirmados, um dos pacientes é residente em Guabiruba.

O órgão não informa a faixa etária e nem o sexo dos pacientes que contraíram meningite no município. O período também não é informado. Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), há o registro de dois casos na cidade durante o mês de julho.

Meningite viral x bacteriana
Segundo a Vigilância Epidemiológica, a meningite viral costuma ser caracterizada por um quadro clínico menos grave. Geralmente, não há tratamento específico e a maioria dos pacientes se cura sem sequelas. Os sintomas assemelham-se aos de viroses mais comuns, como febre, diarreia e dor de cabeça, além de rigidez na nuca.

Já a meningite bacteriana costuma ser mais grave e, dependendo dos casos, pode levar o paciente à morte em algumas horas após o aparecimento dos sintomas. Várias bactérias podem provocar meningite, porém o tipo mais grave é o causado pela bactéria chamada neisseria meningitidis (meningococo).

Os principais sinais e sintomas são: febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas ou arroxeadas na pele ou mesmo hematomas. Em crianças menores de um ano de idade, esses sintomas podem não ser tão evidentes e os pais devem atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

Nem toda meningite é transmissível, mas dentre as transmissíveis, o contágio se dá, geralmente, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Por isso, os casos da doença costumam aumentar nos meses de frio. Tosse, espirro, beijo e compartilhamento de itens pessoais podem transmitir as meningites.

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Prevenção
Há diversas formas de prevenção. Entre elas: manter os ambientes bem ventilados e, se possível, ensolarados, principalmente salas de aula, quartos, locais de trabalho e transporte coletivo; lavar as mãos frequentemente com água e sabão; manter rigorosa higiene com pratos, talheres, mamadeiras e chupetas; e evitar aglomerações.

Além disso, é de extrema importância manter a carteira de vacinação em dia. No calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização estão disponíveis: vacina pentavalente, vacina pneumocócica, vacina meningocócica C e a vacina BCG, que protegem contra a meningite.

“O importante é a notificação compulsória dos casos, quanto antes a Vigilância Epidemiológica receber este documento, mais rápido dará início ao protocolos de cada doença”, destaca a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Lucie Herta Hilbert.