E se os três pontos forem decisivos para o futuro do Brusque?

Cabe recurso, mas é melhor que o clube considere punição como confirmada para não ter planos frustrados

E se os três pontos forem decisivos para o futuro do Brusque?

Cabe recurso, mas é melhor que o clube considere punição como confirmada para não ter planos frustrados

João Vítor Roberge

O assunto não é legal, é muito chato abordá-lo, mas é necessário. O Brusque assumiu o risco de perder pontos quando decidiu não agir de forma decente assim que o presidente do Conselho Deliberativo cometeu uma injúria racial contra Celsinho. A resposta foi a nota da vergonha, a nota ré, que engatou de fato marcha ré no Marreco e levou o Brusque dos 29 aos 26 pontos.

Se a postura imediata tivesse sido condizente com a sociedade e os tempos atuais, quem sabe a condenação da 5ª Comissão Disciplinar do STJD fosse somente a suspensão e a multa ao dirigente, sem prejuízo de pontos. É revoltante, porque era simples demais ter evitado todo este dano ao clube. Era simples ter saído melhor, e não pior aos olhos do país.

Fica a solidariedade ao elenco e à comissão técnica. Lutar para obter 29 pontos com muito suor e trabalho para acordar com 26 por estes motivos é inclassificável. E o torcedor, que esperava nem ver o clube entrar no Z-4, já tem este desprazer.

Claro que cabe recurso, que há hipótese jurídica de recuperação dos pontos, mas é melhor contar com eles perdidos para não ser surpreendido duas vezes. O Brusque tem 26, a mesma pontuação que obteve logo após, veja só, o empate em 0 a 0 contra o Londrina, há um mês. Isto jamais poderia ter acontecido e jamais poderá se repetir.

Batamos na madeira e joguemo-nos no sal grosso, porque ainda tem muita bola para rolar e chances diversas de salvação, mas todo mundo já deve ter pensado: e se o Brusque não puder escapar da degola por, digamos, um, dois ou três pontos?

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