Brusque vence o Barra em casa e está na final do Catarinense pelo segundo ano consecutivo
Em jogo marcado por tempestade e festa da torcida, Marreco chega à terceira final do estadual em quatro temporadas
Em jogo marcado por tempestade e festa da torcida, Marreco chega à terceira final do estadual em quatro temporadas
Em noite de tempestade, festa quadricolor e gols no Augusto Bauer, o Brusque venceu o Barra por 3 a 1 nesta quarta-feira, 29, no jogo de volta da semifinal do Campeonato Catarinense, e está na final da competição, com triunfo por 5 a 2 no placar agregado. Alex Ruan, Guilherme Queiróz e Cléo Silva marcaram os gols do Marreco, com Adílson Bahia anotando o gol do Pescador.
A final será disputada contra Criciúma ou Hercílio Luz. A partida de volta entre as equipes começou às 21h desta quarta-feira, 29, no estádio Aníbal Torres Costa. O Hercílio Luz precisa vencer por pelo menos três gols de diferença para se classificar diretamente. Em caso de vitória por dois gols, a decisão será nos pênaltis. O Criciúma pode perder por um gol de diferença ou empatar para chegar à final.
Se o Criciúma passar, o primeiro jogo será disputado no estádio Heriberto Hülse, às 16h30 deste sábado, 1º. Caso o Hercílio Luz seja o finalista, o primeiro jogo será disputado no Augusto Bauer, no mesmo dia e horário.
É o segundo ano consecutivo, e o terceiro nos últimos quatro anos, no qual o Marreco chega à final do Campeonato Catarinense. Antes de 2020, o Brusque só havia disputado a grande decisão de 1992, quando conquistou seu primeiro título da competição.
Como finalista, o quadricolor também se classifica à Copa do Brasil de 2024, fazendo sua nona participação.
Com o resultado, o Brusque chega a 29 jogos sem derrota no Campeonato Catarinense. A última derrota por por 3 a 2, diante do Hercílio Luz, em 30 de janeiro de 2022, pela terceira rodada.
Jogando em casa, o Brusque não perde um jogo pelo Campeonato Catarinense desde 19 de maio de 2021, quando foi derrotado por 1 a 0 para o Avaí. O resultado sacramentou a eliminação nas semifinais. A última derrota em casa no estadual por mais de um gol de diferença foi em 3 de abril de 2019: 4 a 0 para o Avaí, na 17ª rodada. Foi o milésimo jogo oficial da história do quadricolor.
Estavam presentes mais de 2,8 mil torcedores, com muita festa desde antes do apito inicial, apesar da tempestade que caía na cidade.
Debaixo de muita chuva, vento, relâmpagos, raios e trovões, o Brusque conseguiu ampliar sua vantagem de um gol no placar agregado já aos três minutos de jogo. Everton Bala tentou alçar bola na área em uma cobrança de falta, mas ela foi afastada com facilidade pela defesa. Contudo, a sobra era de Alex Ruan. O lateral-esquerdo soltou o pé, e a bola foi com efeito para balançar as redes. Golaço, de longa distância, para levar a torcida à loucura.
Precisando virar o jogo para levar a decisão aos pênaltis, o Barra se lançou ao ataque com cruzamentos, mas a defesa quadricolor estava muito bem postada. Aos 28, Roldan arriscou de fora da área e a bola passou à esquerda de Matheus Nogueira.
Aos 30, Com um cruzamento rasteiro pela esquerda, Salomão encontrou Alan James livre de marcação. O camisa 19 fuzilou na pequena área para guardar, mas era marcado o impedimento, para alívio do Brusque e para as reclamações e lamentações do Barra.
O Brusque tentava sair em alguns contra-ataques, mas faltava algum capricho nos passes. Até que não faltou mais. Aos 37, Jhemerson avançou pelo meio, livre de marcação. Ele serviu Guilherme Queiróz na área, que finalizou com frieza e força para marcar o segundo gol do Brusque: 2 a 0, 4 a 1 no agregado, e a torcida gritava “eliminado” para o Barra.
O primeiro tempo terminou sob aplausos do público. Contudo, a chuva não dava trégua, e alguns torcedores não aguentaram mais a chuva. Com a classificação encaminhada, acabaram indo embora no intervalo. O mesmo aconteceu com parte da torcida do Barra no setor visitante.
O gramado do Augusto Bauer também sofreu. Estava aguentando muito bem as fortes chuvas, fazendo a bola rolar bem, mas se tornou um banhado, principalmente no intervalo.
O futebol já era raramente praticado no segundo tempo, dando lugar a um tipo de polo aquático com os pés. A chuva havia parado por alguns momentos, mas o gramado continuava encharcado Aos três minutos, o Barra diminuiu. Após disputa da bola, Adílson Bahia a recebeu, ganhou espaço na entrada da área e deu um chute seco, forte, para fazer a bola estufar as redes, à direita de Matheus Nogueira.
O Barra seguia em busca de uma reação, e tentava se manter no ataque. Matheus Nogueira era acionado para interromper cruzamentos.
Enquanto isso, o quadricolor chegava menos na frente, mas conseguiu ser letal aos 17 minutos. Cléo Silva lançou Olávio, que conseguiu avançar à linha de fundo, mesmo marcado por dois. O camisa 9 foi inteligente e tentou o cruzamento. A bola foi desviada e sobrou com Cléo Silva, que, livre, mandou pro gol e correu para o abraço: 3 a 1.
O gramado melhorava no decorrer do jogo, enquanto a chuva tinha menos intensidade. Novamente em grande desvantagem, o Barra foi com tudo para cima e passou a criar grandes chances de empatar a partida. Aos 25, Diego Ceará levantou na área, Matheus Nogueira fez a defesa e a bola sobrou para Silas, que finalizou. Havia vários jogadores do Brusque na frente do gol, e a bola foi bloqueada por Éverton Alemão. Diego Ceará finalizou na sequência, e a bola saiu ao lado.
Aos 26, Matheus Nogueira fez grande defesa fechando o ângulo de Adílson Bahia, que havia sido lançado em velocidade e finalizado de primeira. Dois minutos depois, em cruzamento rasteiro pela esquerda, Natan completou antes da primeira trave para fora com o pé direito.
O Brusque já tinha poucas escapadas ao ataque. O Barra esteve perto do empate, mas nunca de reverter o placar agregado. Matheus Nogueira ainda fez grande defesa aos 41 em uma bomba de Adílson Bahia, de dentro da área. Nada tirava a classificação do Brusque.
Everton Bala ainda fez grande jogada individual aos 43, aplicando uma caneta e chutando sem ângulo, para delírio da torcida. A bola foi para fora, com Olávio, Cléo Silva e Rodrigo querendo o passe. Num dos últimos lances, Cléo Silva arrancou em contra-ataque e desperdiçou um quarto gol, sozinho com Ewerton.
Momentos antes da partida, o meia Diego Mathias foi homenageado pela diretoria com uma camisa comemorativa pela recém-alcançada marca de 50 jogos pelo Brusque. Ele chegou ao Brusque na Série B de 2021 e após o Catarinense de 2022, foi emprestado ao Caxias.
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