Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC
É campeão! Brusque vence o Marcílio Dias e conquista a Recopa Catarinense pela segunda vez
Gol do jogo foi marcado por Alex Ruan; quadricolor abre temporada com seu 14º título
O Brusque conquistou o Troféu Rei Pelé da Recopa Catarinense ao vencer o Marcílio Dias por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, 11, no estádio Augusto Bauer. Com uma atuação segura diante do principal rival e 3.179 torcedores, o quadricolor balançou as redes com Alex Ruan, aos 36 minutos do segundo tempo. Este é o 14º título da história do Bruque Futebol Clube.
Primeiros movimentos
No primeiro tempo, a partida foi corrida e equilibrada, mas sem muitas chances para os dois lados. O quadricolor era um pouco superior, com mais presença no campo de ataque. Os visitantes tentavam escapar em contragolpes, mas sem grande sucesso. A maior parte de seus principais momentos foi em chutes de fora da área, por cima do gol.
Aos 17 minutos, Luizinho fez boa jogada pela direita e levantou na área. Por pouco Olávio não alcançou para cabecear, e a bola passou próxima, à direita de Rafael Pin.
A resposta marcilista foi no minuto seguinte. Juninho recebeu na grande área e chutou firme, rasteiro. Matheus Nogueira fez boa defesa para escanteio. Foi a principal ameaça do Marcílio Dias no primeiro tempo. No mais, chegou com chutes de média e longa distância, especialmente com Luiz Fernando e Victor Guilherme.
Pedidos de pênalti
Aos 20, Luizinho fez belo passe para Cléo Silva, que tentou o domínio, mas foi cortado por Everton. A torcida brusquense se agitou, mas nada foi marcado. Os jogadores não chegaram a reclamar com veemência. Aos 24, Cesinha caiu em disputa com a marcação na área. Foi a vez de os marcilistas pedirem pênalti, sem sucesso.
Bons lances
A defesa do Marcílio Dias parecia insegura em vários momentos. Aos 31 minutos, em erro na saída de bola, Thiago Alagoano avançou pelo meio e serviu Diego Mathias. Atuando como segundo volante, o camisa 29 encheu o pé direito dentro da área, mas a bola passou à esquerda de Rafael Pin.
Aos 35, outro lance: Thiago Alagoano, na esquerda, rolou para Diego Mathias, que encontrou o espaço e chutou rasteiro. A bola passou por vários jogadores e chegou a Rafael Pin, que mesmo com a visão bastante encoberta, defendeu sem rebote.
O Marcílio Dias teve uma última tentativa no primeiro tempo aos 44. Rodolfo Potiguar errou no meio-campo e Luiz Fernando recebeu a bola. O camisa 10 avançou sem marcação e arriscou de fora, mas a bola passou por cima, sem grande perigo.
Mais lento
A segunda etapa começou em ritmo mais lento, com poucos espaços. O Marcílio Dias raramente se aproximava da área quadricolor. O Brusque tentava chutes de fora da área com Diego Mathias, mas sem sucesso. Aos três, Olávio não conseguiu direcionar o cabeceio após o levantamento de Airton.
Aos 14, Rafael Pin espalmou a cobrança de falta de Airton, sem ângulo, com efeito. Aos 17, Thiago Alagoano recebeu em velocidade na área, chutou com o pé esquerdo e a bola passou por cima, com perigo.
Esquentando
O Marcílio Dias melhorou com as alterações e teve bons lances rondando a área do Brusque. A defesa quadricolor, bem postada, ia bem quando mais era exigida. Ainda assim, era o Brusque que ditava o ritmo do jogo.
Aos 21, em boa jogada pela esquerda, Cléo Silva serviu Thiago Alagoano, que rolou para Luizinho. O camisa 19 tentou o chute, mas não pegou em cheio. A bola saiu ao lado, próxima ao gol.
No minuto seguinte, em fantástico contra-ataque, de novo pela esquerda, a bola chegou a Olávio. Dentro da área, ele tentou o giro e chutou, mas foi bloqueado, com o lance terminando em escanteio.
Gol do título
O Brusque foi recompensado pelo domínio do jogo aos 36 minutos do segundo tempo. Na ponta esquerda, na quina da grande área, Jhemerson chutou com efeito e categoria. A bola bateu no pé da trave de Rafael Pin. Na sobra, estava Alex Ruan, que havia substituído Thiago Alagoano. O camisa 66 emendou da entrada da pequena área para o fundo do gol, para o delírio da torcida.
Sinalizadores foram acesos na arquibancada descoberta, e o jogo foi paralisado por alguns minutos até que fossem apagados.
O Marcílio Dias tentou se lançar ao ataque, mas continuava sem ameaçar o gol de Matheus Nogueira. O quadricolor mantinha a bola longe de sua área com segurança até o final.
Nos minutos finais, teve início uma confusão generalizada perto do banco do Brusque. Toty e Wilian Simões foram expulsos. Nada que atrapalhasse a festa quadricolor após o apito final.
Recordistas
Com a conquista, o zagueiro Ianson e o lateral-esquerdo Airton chegam a seis títulos pelo Brusque: Brasileiro Série D (2019), Campeonato Catarinense (2022), Copa Santa Catarina (2018 e 2019) e Recopa Catarinense (2020 e 2023).
Homenagem a Pelé
Além de o troféu da Recopa ser batizado como Rei Pelé, a Federação Catarinense de Futebol (FCF) fez outras homenagens. A equipe de arbitragem trajou um uniforme branco com o número 10 às costas, e os times entraram em campo com uma mensagem em uma faixa. O rei do futebol faleceu em 29 de dezembro, aos 82 anos.
Mais títulos
Em cinco edições de Recopa Catarinense, o Brusque é o clube com mais participações: três (2019, 2020 e 2023), vencendo as edições de 2020 e 2023.
Fim do jejum
O Brusque enfim, quebra um longo jejum: o time terminou 2022 com uma sequência de 10 jogos sem vitória: sete derrotas e três empates. O último triunfo até a Recopa havia sido obtido em 3 de setembro, 1 0 sobre o Vasco, no Augusto Bauer.
Próximo jogo
O Brusque recebe o Barra no Augusto Bauer, em partida que começa às 19h deste domingo, 15, pela primeira rodada do Campeonato Catarinense. Às 17h do mesmo dia, começa Marcílio Dias x Hercílio Luz, no Gigantão das Avenidas, também pelo estadual.
Brusque 1×0 Marcílio Dias
Recopa Catarinense
Quarta-feira, 11 de janeiro de 2023
Estádio Augusto Bauer
Público total: 3.179
Renda: R$ 122.210
Brusque: Matheus Nogueira; Toty, Ianson, Wallace, Airton; Rodolfo Potiguar (Rodrigo Vasconcelos), Diego Mathias (Jhemerson); Cléo Silva, Thiago Alagoano (Alex Ruan), Luizinho (Lucas Poletto); Olávio (Guilherme Queiróz).
Técnico: Luizinho Lopes
Marcílio Dias: Rafael Pin; Victor Guilherme (Jhoninha), Everton, Léo Rigo, Wilian Simões; Brunão (Tinga), Alison; Juninho (Luis Ricardo), Luiz Fernando (Cristian), Cesinha; Rodrigo Pimpão (Peu).
Técnico: Rogério Corrêa
Trio de arbitragem: Bráulio da Silva Machado (Tubarão), auxiliado por Henrique Neu Ribeiro (Bombinhas) e José Roberto Larroyd (Tubarão).
Gol: Alex Ruan (36′-2ºt)