Brusque vence Operário-PR em jogo com final épico e está praticamente classificado à Série B

Partida teve sete gols, torcida eufórica e muita história para contar

Brusque vence Operário-PR em jogo com final épico e está praticamente classificado à Série B

Partida teve sete gols, torcida eufórica e muita história para contar

Em noite enlouquecedora no Augusto Bauer, o Brusque venceu o Operário-PR por 4 a 3, de virada, neste sábado, 17, pela terceira rodada da segunda fase da Série C. O quadricolor esteve atrás no placar duas vezes, mas buscou a virada, com dois gols de Olávio e um de Dentinho, já depois dos 40 do segundo tempo. Felipe Augusto, Eduardo Neto e Lucas Hipólito marcaram para Fantasma. Guilherme Queiróz foi quem anotou o primeiro do Marreco.

A partida também teve o melhor público do Brusque na Série C: 2.987 pessoas no Augusto Bauer, com uma torcida que empurrou a equipe rumo à vitória heroica.

Chances de acesso

O quadricolor pode garantir o acesso na próxima rodada, na qual enfrenta o Operário-PR novamente às 19h deste sábado, 23, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR). Em caso de mais uma vitória, o Brusque sobe à Série B com duas rodadas de antecedência, sem depender de outros resultados.

Se empatar na quarta rodada, o Marreco chegará a 10 pontos e precisará que o São Bernardo não vença o São José-RS em Porto Alegre.

Saindo atrás

O Operário-PR abriu o placar logo aos três minutos, com Felipe Augusto. Pará cruzou com veneno do lado esquerdo e Felipe Augusto se antecipou bem na quina da pequena área para dar um leve desvio. A bola morreu no canto esquerdo de Matheus Nogueira, na bochecha da rede.

A equipe da casa pareceu ter sentido o golpe dado tão cedo, mas aos poucos começou a se recompor no jogo. A defesa pelo lado direito fazia um trabalho muito bom com Éverton Alemão e Danilo Belão. Os torcedores comemoravam os desarmes e cortes, principalmente do zagueiro.

O primeiro tempo foi de muito equilíbrio entre as equipes, mas com erros de passe em excesso e raríssimas oportunidades.

Pênalti

Aos 20 minutos, durante um ataque do Brusque pela esquerda, Alex Ruan dominava a bola e se preparava para um cruzamento. No mesmo momento, dentro da grande área, Guilherme Queiróz caía na disputa com Allan Godói, fora do lance, que terminou em lateral para o Brusque. O árbitro do VAR, Elmo Alves Resende Cunha, parou o lance para revisão.

A partida ficou parada por cerca de dois minutos até que o árbitro Rodrigo Raposo Batista foi chamado ao monitor. Munido de uma imagem distante, da câmera de impedimento, ele analisou o lance por alguns instantes e assinalou pênalti do zagueiro do Fantama, puxando o atacante quadricolor.

Aos 24 minutos, Guilherme Queiróz cobrou com força, no canto esquerdo de Rafael Santos, que foi na bola, mas sem chances de defesa: 1 a 1.

Igualdade

O duelo continuou equilibrado, com o Brusque crescendo na partida e conseguindo exercer mais momentos de pressão do que antes. O Operário-PR chegava com perigo, mas sem conseguir finalizações que ameaçassem Matheus Nogueira. A defesa quadricolor conseguia sustentar a pressão, que esteve maior entre os 38 e os 40 minutos.

Fantasma assombra

A segunda etapa começou como a primeira. Com o Operário melhor nos primeiros instantes e com gol. Eduardo Neto, que havia entrado no lugar de Índio no intervalo, fez boa tabela na intermediária e soltou a bomba. A bola desviou no meio do caminho, matou Matheus Nogueira e parou nas redes.

O Brusque voltou a ter dificuldades para sair jogando. Parecia sem perspectivas, tentando ligações diretas e a velocidade de Diego Tavares, sem sucesso. O Operário-PR se beneficiava do jogo congestionado no meio-campo, truncado, mas também não estava próximo de ampliar o placar.

Boas chances

Mas, os 29 minutos, foi o Operário quem chegou mais perto do gol. Felipe Augusto teve espaço de frente pro gol e chutou firme. Matheus Nogueira, bem colocado, fez grande defesa!

O Brusque respondeu instantes depois. Dentinho prendeu a bola e conseguiu o passe para Moisés Santos, que chutou de fora da área. A bola desviou e saiu em escanteio.

Fazendo o impossível

O Brusque estava longe, até então, de fazer uma grande partida. Perdia o jogo em casa, e uma série invicta de seis partidas no Augusto Bauer. Mas tudo mudou a partir dos 40 minutos.

Aos 40 minutos, Dentinho limpou o lance e chutou de fora da área. Rafael Santos defendeu, mas, no rebote, Olávio se jogou de carrinho para mandar a bola para o fundo do gol: 2 a 2. A torcida enlouqueceu no Gigantinho, comemorando um empate que já estava de excelente tamanho pelo que tinha sido o jogo até então.

Aos 44, todo mundo enlouqueceu completamente. Em novo ataque do Brusque, o cruzamento pela direita foi direto para Olávio. O centroavante cabeceou de forma perfeita, indefensável para Rafael Santos. Gol, loucura, copos de cerveja voam e a multidão quadricolor, sonhando acordada, vê o Brusque virar o jogo: 3 a 2.

Mas não era o bastante. Em contra-ataque fulminante aos 46, Dentinho driblou Rafael Santos no meio-campo e mandou para o gol. A bola foi lenta até as redes. Quatro a dois. O Brusque com um pé na Série B.

Nem o gol de Lucas Hipólito, de cabeça, nos acréscimos, parou a festa. O placar era 4 a 3 e o Brusque soube matar o tempo até o apito final. Uma noite marcada para sempre na história quadricolor.

Próximo jogo

As duas equipes voltam a se enfrentar às 19h deste sábado, 23, pela quarta rodada, no estádio Germano Krüger (PR).


Brusque x Operário-PR

Campeonato Brasileiro – Série C
Terceira rodada – segunda fase
Domingo, 17 de setembro de 2023
Estádio Augusto Bauer
Público total: 2.987

Brusque: Matheus Nogueira; Danilo Belão, Éverton Alemão, Wallace, Alex Ruan; Rodolfo Potiguar, Madison; Dentinho, Jhemerson, Everton Bala; Guilherme Queiróz.
Técnico: Luizinho Lopes

Operário-PR: Rafael Santos; Sávio, Allan Godói, Willian Machado, Pará; Índio, Vinícius Diniz; Felipe Augusto, Cássio Gabriel, Dudu Scheit; Felipe Garcia.
Técnico: Rafael Guanaes

Trio de arbitragem (DF): Rodrigo Batista Raposo, auxiliado por Milton Jerônimo Souza Alves e David Sousa Santana


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