Brusque volta a ter saldo positivo de empregos após dez meses
Prefeitura e indústria foram responsáveis pelo maior número de contratações em fevereiro
Prefeitura e indústria foram responsáveis pelo maior número de contratações em fevereiro
Após dez meses, Brusque voltou a ter mais contratações do que desligamentos, gerando um saldo positivo na geração de empregos. Dados divulgados na semana passada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, referentes a fevereiro, mostram que foram 2,7 mil admissões contra 2,1 mil desligamentos, ou seja, mais de 580 empregos gerados.
O setor que mais contribuiu para o bom desempenho foi a administração pública. Foram 457 postos de trabalho gerados. O número significativo tem dois motivos: as recontratações realizadas pela Prefeitura de Brusque, após demissão em massa em janeiro, e a nomeação de profissionais que realizaram concursos públicos.
Levantamento do Município Dia a Dia no Diário Oficial dos Municípios indica que foram contratados 104 comissionados e 242 efetivos – nomeados em concursos públicos, na maioria professores e monitores escolares.
A indústria também mostrou sinal de leve recuperação, com um saldo positivo de 211 empregos. Já o comércio, na outra ponta, liderou os desligamentos: foram fechadas 69 vagas em fevereiro.
Muita demanda para poucas vagas
O Sine de Brusque diz que teve bastante procura por emprego em fevereiro. Porém, não se tem muitas vagas, já que as empresas estão disponibilizando poucas oportunidades, muito em função da situação política e econômica do país. As vagas mais procuradas no Sine são para pedreiros, domésticas e para a área de costura. O Sine acredita que nos próximos a meses a procura tende a crescer, já que muitas pessoas que estavam no seguro-desemprego começam a buscar por trabalho.
O diretor da agência de empregos Céu RH, Graziano Andrade, afirma que a grande oferta de mão de obra disponível no mercado faz com que as vagas sejam preenchidas mais rapidamente. Ele conta que a procura é frequente em todas as áreas: operacionais, administrativas e estratégicas.
No entanto, o diretor diz que foi preciso reduzir o horário de atendimento na agência – apenas para segunda-feira, pois, segundo ele, há poucas vagas disponíveis para a demanda que se tem.
Economista aposta em estabilidade
O economista, professor de Economia e Engenharia Econômica da Uniaselvi/Assevim, Arilson Fagundes, diz que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria e comércio trabalham ainda com perspectivas pessimistas quanto ao emprego em 2016. Porém, em Brusque, a situação é melhor. “Deve-se manter uma crescente, embora pequena, no aumento de postos de trabalho. Espera-se um inverno dentro das expectativa dos comerciantes e se isso acontecer, teremos boas notícias”, afirma.
O economista ainda diz que as empresas que procurarem melhorar a produtividade, a negociação, o atendimento e investir em tecnologia, irão se beneficiar no pós-crise. “Agregando assim, valor ao produto, buscando redução de custos e melhorando principalmente seus preços”, avalia.