Brusque volta às urnas: partidos articulam candidatos a prefeito na eleição de 2023; veja possibilidades
Grupo de Ari Vequi quer William Molina como candidato; PT e DC confirmam que vão disputar eleição
Com a cassação dos mandatos de Ari Vequi e Gilmar Doerner, Brusque vai voltar às urnas em 2023, um ano antes das eleições municipais, para escolher quem será o prefeito e o vice em um mandato-tampão.
Os partidos já articulam as candidaturas e estudam se vão lançar ou não candidatos. MDB, União Brasil, DC e PT tem interesse em participar do processo eleitoral, assim como outros grupos políticos. Confira, abaixo, a situação de cada partido e grupo político:
Grupo de Ari Vequi/MDB
O grupo do ex-prefeito Ari Vequi estuda lançar o secretário de Fazenda, William Molina (MDB), para o cargo de prefeito. Fontes detalham ao jornal O Município que Molina é o nome favorito do grupo. O secretário foi braço direito de Ari durante o governo do ex-prefeito.
União Brasil e PP
O União Brasil pretende apoiar o vereador Alessandro Simas (PP) ao cargo de prefeito. Segundo fontes do União, é “90% que é o Simas [o nome do partido]”.
“Há uma possibilidade do partido apoiar algum nome do grupo do Ari Vequi. Porém, o União não passa o nome do Molina. O partido até conversa com o ex-prefeito sobre qualquer outra candidatura. A princípio, com a do Molina, a tendência é o partido reprovar”, diz um dos membros da sigla.
Questionada o motivo pela rejeição ao nome de Molina, a fonte afirma que o partido entende que, para o mandato-tampão, é necessário um nome político “testado”, e não “uma incógnita”, conforme classifica.
Grupo de Jocimar/DC
O presidente do DC de Brusque, vereador Jocimar dos Santos, afirma que o partido terá candidato a prefeito. Ele, no entanto, não adianta o nome do possível concorrente. O prefeito interino de Brusque, André Vechi, é filiado à legenda.
Questionado sobre possíveis nomes cotados ao cargo, Jocimar diz: “Vamos sentar com nosso prefeito em exercício e com o diretório para construirmos juntos. Não conversei com ele sobre isso ainda, pois foi tudo muito rápido”, afirma.
Grupo de Paulo Eccel/PT
O ex-prefeito Paulo Eccel, hoje superintendente regional do Trabalho de SC, confirma que o PT terá candidato na eleição do mandato-tampão. Ele, porém, diz que o partido não impõe um nome e que constrói um projeto para a eleição.
“O PT viveu, de 2015 até 2022, o pior momento da história, de desconstrução e ódio contra o PT. Naquele momento, o PT participou de todos os processos eleitorais. Nunca fugimos à luta, mesmo com a situação ruim em relação ao partido. Não é agora que não participaremos”, diz.
Cedenir Simon, presidente do PT de Brusque, garante que “não falta um nome” ao partido. Ele pontua que agora é momento de discutir “o conjunto da obra”, conforme classifica.
“Se o PT tiver candidatura, é normal que o nome do Paulo seja colocado. Mas, não é uma obrigação também. O nome do Paulo está colocado naturalmente”, comenta Cedenir.
Fontes do PT detalham que há consenso entre o grupo que Paulo será candidato. “Da nossa parte, sim, [há consenso], a não ser que ele não queira disputar”, diz. A fonte detalha ainda que o grupo conversa com “quase todos os partidos” para compor a chapa, com exceção de PL e PP.
Grupo de Ciro Roza
Uma fonte ligada ao grupo de Ciro Roza detalha que não se sabe se o ex-prefeito vai concorrer ao cargo. No entanto, afirma que é fato que o grupo terá candidato. A possibilidade é que o presidente do Brusque, Danilo Rezini, concorra na chapa.
Partido Liberal
O PL teve uma reunião com Ari na terça-feira, 9. Aldinei de Souza, o Nei, presidente do PL de Brusque, se limitou a dizer que o partido está “à disposição para ajudar o ex-prefeito e o prefeito interino”. Detalhes sobre possíveis nomes para o cargo não foram divulgados.
Circula nos bastidores que há possibilidade do vereador André Batisti, o Deco (PL), concorrer ao cargo. Procurado pela reportagem, o parlamenta confirma que colocou o nome à disposição para a disputa.
Republicanos
O presidente do Republicanos de Brusque, Cláudio Pereira, confirma que o partido tem nomes para indicar e que “sempre há interesse”. No entanto, ele comenta que aguarda um posicionamento para tratar do assunto.
Uma fonte que é filiada ao Republicanos, porém, detalha que a executiva estadual do partido enviou uma determinação ao diretório municipal de que o Republicanos não deixe de ter nomes disponíveis para disputa do cargo, ao menos inicialmente.
O interlocutor revela ainda que, entre os nomes, foram citados os quatro vereadores (Ivan, Dalmolin, Rezini e Rogério), o ex-prefeito José Luiz da Cunha, o Bóca; o presidente da legenda, Cláudio Pereira; e o ex-secretário de Desenvolvimento Social Leandro Hyarup.
“O partido não deve encabeçar nada. Se tiver candidato, tem que ser dentro de uma composição em que alguém oferecerá estrutura. Pode acontecer do partido lançar candidato se for procurado pelos nomes que tem. Se não acontecer este movimento, o Republicanos sequer deve se reunir”, detalha a fonte.
PSDB, PSC, Patriota e Novo
A presidente do PSDB de Brusque, Karin Rodrigues, informa que, no momento, o partido ainda não tem um posicionamento se vai ou não lançar candidato a prefeito. Ela detalha que aguarda uma posição da executiva estadual do PSDB.
Assim como o PSDB, o PSC de Brusque também informou que analisa o cenário político para tomar uma decisão, segundo o presidente do partido no município, Jhonny Sousa. Já o Patriota, partido do vereador Rick Zanata, não deve lançar candidato.
O presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, se encontrou com André Vechi no gabinete da prefeitura na quarta-feira, 10. “O presidente Eduardo Ribeiro acha Brusque uma cidade muito importante aqui no Vale e se colocou à disposição para apoiar um possível projeto nas próximas eleições”, disse o líder do Novo local, Jean Werner.