Brusquense comandará seleção brasileira de vôlei masculino na Liga das Nações
Carlos Eduardo Schwanke foi campeão mundial e disputou Olimpíadas
Carlos Eduardo Schwanke foi campeão mundial e disputou Olimpíadas
O ex-central brusquense, Carlos Eduardo Schwanke, assumirá o comando técnico da seleção brasileira de vôlei masculino. Decisão foi tomada nesta quinta-feira, 13.
Atual técnico do Al Rayyan, do Catar, ele será o responsável pela seleção enquanto o técnico, Renan Dal Zotto, ainda se recupera de uma infecção do coronavírus. O brusquense comandará a equipe na Liga das Nações e também em um amistoso contra a Venezuela na Arena Carioca 3, no Rio de Janeiro.
O brusquense de 45 anos já trabalhou com o atual técnico da seleção na Cimed, antiga equipe de Florianópolis que conquistou quatro títulos da Superliga. Em seus anos em Florianópolis, Dal Zotto foi gerente e também técnico da equipe. A parceria esteve presente também na conquista do Campeonato Sul-Americano, que deu à equipe uma vaga no Mundial de Clubes. “Será fácil me relacionar com ele na seleção. Torço para reeditarmos o sucesso agora na seleção, trabalho não faltará.”
Desde que deixou a Cimed, Schwanke passou por Amriswil, da Suíça, Montes Claros (MG), Al Hilal, da Arábia Saudita, Dar Kulaib, do Bahrein e seleção do Bahrein, até chegar em fevereiro de 2017 ao Al Rayyan, tradicional clube poliesportivo do Catar. Nos últimos quatro anos, já são quase 20 títulos no oriente médio. Comandando a seleção do Bahrein, Schwanke chegou a ser vice-campeão Árabe, ao perder para o Egito na capital adversária, o Cairo.
“Treinar clube e seleção é puxado pois termino a temporada local e começo a temporada de seleções, não há descanso. Mas a hora é de plantar, não reclamo, só foco no que tenho que fazer”, comenta.
Como jogador, Schwanke atuou em alto nível por diversos clubes brasileiros e no exterior. Foi também central da seleção brasileira nos anos 90, com um bronze e uma prata nas edições de 1994 e 1995 da Liga Mundial de Vôlei. Disputou ainda a Olimpíada de 1996, em Atlanta.
Completamente adaptado ao Oriente Médio, Schwanke começou com dificuldades na Arábia Saudita, um dos países mais conservadores e rigorosos da região. No Bahrein e no Catar, mais abertos, o dia a dia ficou mais simples. Nos treinos, a comunicação é feita em inglês. De vez em quando, o técnico ainda arrisca o básico no árabe para agradar quem é do país, e busca aprender mais sobre a cultura da região.
“O vôlei catari tem o melhor nível do Oriente Médio pelo número de residentes que jogam a liga. O momento mais interessante é o das copas, que são jogadas no final da temporada e grandes nomes do voleibol mundial se apresentam para disputar a Copa do Qatar e a Copa do Emir, esta dá uma boa recompensa para o clube e o direito de jogar o Asiático de clubes”, explica.
No vôlei catari, é necessário que o jogador viva no país por pelo menos dois anos para que tenha o direito à residência e só então possa entrar em quadra para disputar partidas. Foi o caso de Marcus Vinícius, ponteiro do Al Rayyan. “Posso dizer que ele é uma das minhas crias. Quando cheguei ele estava terminando o processo para ser residente. Tinha um potencial imenso e agora está confirmando tudo, sendo o melhor jogador em vários campeonatos que disputamos”, relata Schwanke.
Além de Marcus Vinícius, o brusquense tem no elenco o levantador André. O trio brasileiro tem o costume de se reunir fora das quadras. “A convivência com os brasileiros que moram aqui é natural pois sentimos saudades das mesmas coisas do Brasil. Sempre que possível, nos reunimos.”
A Liga das Nações será disputada entre os dias 28 de maio e 27 de junho, em Rimini, na Itália. A estréia é contra a Argentina.
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