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Brusquense é campeã sulamericana de rugby junto à seleção

Lariane Pruner foi convocada para a seleção principal, que jogou na Argentina no último fim de semana

Embora seja um esporte pouco conhecido pelos brasileiros, o rugby feminino é motivo de orgulho nacional. As meninas da Seleção Brasileira de Rugby de Sevens (modalidade jogada sete contra sete) conquistaram o Campeonato Sul-Americano pela 12ª vez, no último fim de semana, e o time dá trabalho até mesmo para potências europeias no Circuito Mundial.

A brusquense Lariane Pruner, 25 anos, estava na equipe campeã. Ela conseguiu, após anos de dedicação, uma vaga na elite do rugby nacional feminino há algum tempo. Pela primeira vez, ela disputou o Sul-Americano da categoria, no último fim de semana, na cidade de Carlos Paz, Província de Córdoba, na Argentina.

“A convocação foi um orgulho muito grande”, afirma a brusquense. Ela atua, principalmente, como hooker na seleção. Além disso, ela também joga pelo Desterro Rugby Clube, de Florianópolis, onde reside e treina.

“Fomos invictas e jogamos um rugby muito bonito. Estamos nos preparando desde o ano passado para o Circuito Mundial. O Sul-Americano foi mais uma oportunidade de melhorarmos e dar oportunidade a meninas novas”, afirma a brusquense.

Início no esporte

A história de Lariane tem relação direta com a sua mudança para a capital de Santa Catarina. Ela morava em Brusque, onde nasceu e estudou, até que se mudou para estudar Educação Física na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

“Não conhecia o rugby em Brusque nem sabia o que era na época”, conta a jogadora. Ela começou, então, a jogar pelo Desterro, ainda quando estava na universidade. O talento da jovem atleta chamou a atenção, e ela gostou do esporte.

Aos poucos, Lariane conquistou espaço no rugby nacional. Em menos de cinco anos, ela já construiu uma carreira na Seleção Brasileira. Participou de excursão (gira, como se diz no meio do rugby) à Europa com a seleção de desenvolvimento.

Lariane também estava no grupo campeão do Torneio Valentín Martinez (Uruguai) em 2015 e 2016. Além disso, jogou o Dubai Sevens – que reúne a nata do rugby mundial – em dezembro do ano passado.

No momento, a brusquense atua na Seleção Brasileira e já está formada em Educação Física. Lariane frequenta uma das academias de alto rendimento mantidas pela Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), em Florianópolis.

As academias fazem parte de uma iniciativa da CBRu com o objetivo de desenvolver os atletas, e por consequência o esporte, no Brasil. Elas estão espalhadas pelo país e para frequentá-las a atleta precisa mostrar resultados. Lariane está neste grupo, junto com nomes consagrados do rugby feminino como Baby e Paulinha.

Lariane durante partida com a camisa do Destero, de Florianópolis/Melina Rugby/Divulgação

Futuro promissor

Com a convocação para o Dubai Sevens, em dezembro, e a última para o Sul-Americano na Argentina, Lariane já se credencia para, quem sabe, continuar na Seleção Brasileira para a disputa da etapa de Las Vegas (EUA) da Série Mundial de Sevens.

A brusquense está motivada. “Participei da primeira etapa do circuito dessa temporada, que foi o Dubai Sevens, em 1 e 2 de dezembro de 2016. Como temos mais quatro etapas, vamos precisar de todas as jogadoras aptas, e estarei à disposição do técnico caso ele precise”, afirma.

Seleção de sucesso

A Seleção Brasileira de Rugby de Sevens ostenta, hoje, uma das maiores dinastias do esporte no mundo. A equipe venceu nada menos do que 12 vezes o Sul-Americano de Sevens e é uma máquina a ser batida.

Seleção Brasileira de Rugby de Sevens comemora 12º título do Sul-Americano da Categoria / CBRU/Divulgação

Engana-se quem pensa que ganhar o campeonato continental é pouca coisa ou moleza. Argentina e Uruguai possuem muita tradição no rugby. A Colômbia também tem uma boa equipe.

A equipe também tem boas campanhas na Série Mundial de Sevens, realizada em vários continentes. No Rio-2016, porém, as meninas não conseguiram medalha.