Brusquense está em quarentena em universidade de Portugal após caso de coronavírus
Gustavo Vallejos Laus está entre os 87 estudantes da instituição em isolamento
O brusquense Gustavo Vallejos Laus, 20 anos, é um dos 87 estudantes da Universidade do Minho, em Braga, Portugal, que está em quarentena, devido à epidemia de coronavírus.
O estudante de Direito da Unifebe chegou ao país europeu no dia 23 de fevereiro para fazer um intercâmbio de quatro meses na universidade. Porém, no domingo, 8, ele e outros estudantes foram surpreendidos com a quarentena na residência universitária, onde eles moram.
O isolamento foi determinado porque no sábado, 7, veio a confirmação do primeiro caso de coronavírus dentro da universidade. Desta forma, todas as atividades na instituição foram suspensas e as pessoas foram recomendadas a ficar em casa.
O brusquense explica que como a pessoa infectada tinha três amigos que moravam na residência universitária, os blocos B – onde ele mora – e D foram colocados em quarentena. “Estou desde domingo sem sair do prédio. De início deram a possibilidade de sair para quem tivesse outro lugar pra ficar. Mas como muitos não tinham outro lugar para ir, escolheram ficar. Porque se escolhesse sair não poderia retornar à residência até o fim da quarentena”, diz.
De acordo com ele, o isolamento deve durar 14 dias. Desde então, o brusquense e outros estudantes precisam arrumar coisas para passar o tempo. “Eu estudo, converso com meu colega de quarto, vejo série e de manhã vou para a varanda da cozinha tomar banho de sol”, conta.
Segundo ele, até agora está todo mundo bem e ninguém apresenta sintomas do vírus. “Estão trazendo alimentos e produtos de higiene para os residentes. O maior problema é manter o ânimo durante esse período em que não podemos sair”.
Apesar do sentimento de frustração, Gustavo está confiante de que tudo voltará ao normal nos próximos dias. Entretanto, ele alerta para a importância da prevenção. “As pessoas precisam se preocupar e ter cuidado com a saúde, principalmente, ter o cuidado com a higiene das mãos. A prevenção é a melhor forma de evitar casos como estes e o Brasil não está fora de perigo”.
De acordo com informações do jornal O Globo, a medida tomada pela Universidade do Minho afeta 12 mil pessoas, entre docentes, alunos e funcionários. Além dos 87 estudantes em quarentena, outros 180 estão sob observação.
Dos 39 casos confirmados em Portugal até a noite de segunda-feira, 27 estão internados. O número de casos no país aumentou rapidamente, já que no dia 2 de março, apenas dois estavam confirmados. Não houve mortes em Portugal e outros 339 casos ainda esperam confirmação.