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Brusquense iniciará treinamento para ter cão-guia

A partir do dia 15 de junho, Sidnei Pavesi inicia a preparação para receber o cão que será seus olhos em Brusque

A partir do dia 15 de junho, o fisioterapeuta brusquense Sidnei Pavesi inicia o seu treinamento para poder utilizar um cão-guia. Cego total desde os 14 anos, ele está próximo de se tornar o primeiro a usar este tipo de auxílio para locomoção em Brusque.
A preparação acontecerá no Centro de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guia do Instituto Federal Catarinense (IFC), em Camboriú. A instituição é a primeira do Brasil especializada no treinamento de cães das raças Golden e Labrador – consideradas as mais adequadas para a função.

O treinamento deve durar duas semanas. “De 15 a 30 de junho ficarei alojado no IFC de Camboriú, sem poder sair, nem aos fins de semana, com dedicação exclusiva ao treinamento. Se o cão não se adaptar, fico mais uma semana, e aí os instrutores vem a Brusque para poder adaptar o cão à minha rotina”, diz Pavesi.

Segundo ele, vários cães serão testados para ver qual se adaptará melhor. “Eles vão testar de três a quatro cães para ver qual o melhor. Eu tenho uma rotina muito agitada, viajo muito, então preciso de um cão que não seja muito grande, de porte médio e muito ativo”.

Além da adaptação do cão na vida de Sidnei, durante a estadia dos instrutores em Brusque, será feita também uma campanha de conscientização sobre o uso do cão-guia na cidade. “Vamos inserir o cão na minha rotina, e levá-lo, principalmente, aos lugares que frequento, lanchonetes, restaurantes, ônibus, para que as pessoas entendam para que serve o cão para não aconteça nenhum mal entendido”, destaca.

O brusquense está ansioso para conhecer o cão que o proporcionará uma vida mais independente. “Estou na expectativa para dar tudo certo. Será uma conquista para os deficientes visuais aqui da região”, afirma.

A experiência dele com o cão também servirá de modelo para que outros deficientes visuais de Brusque se encoragem a buscar o auxílio de um cão-guia. “A expectativa é grande também entre os outros deficientes. Eu conseguindo o cão e conscientizando a população sobre o que é o cão-guia, estarei abrindo caminho para que os outros tentem também este auxílio. Muitos têm vontade de ter o cão, mas tem receio sobre como as pessoas vão agir”.