Brusquense Matheus Rheine conquista medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos
Atleta venceu a prova dos 400m Livre, na classe S11, no Peru
O nadador brusquense Matheus Rheine faturou medalha de ouro na prova dos 400m Livre Classe S11 (atletas cegos) dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, na noite desta segunda-feira, 26.
Rheine completou a prova com 4min54s11, tendo pouca oposição por parte do estadunidense Ross Minor, que não chegou a ameaçar o líder da prova. Na última metade da prova, Wendell Belarmino Pereira ainda ultrapassou Minor e fez a dobradinha brasileira, conquistando a prata com 4min54s40. O bronze ficou com Ross Minor, que finalizou a prova em 4min54s93.
Os 400 metros livre são a especialidade de Rheine. Ele é dono do recorde Parapan-Americano, com o tempo de 4min45s48 registrado na edição de 2015, em Toronto. Este foi o primeiro ouro do brusquense no Parapan nesta prova.
Também disputaram a prova o argentino Sergio Zayas, o brasileiro José Luiz Perdigão Maia, o colombiano Brayan Triana Herrera, o cubano Jovier Sánchez Hernández e o argentino Mário Medina.
O atleta volta ao centro aquático nesta terça-feira, 27, para os 100m Livre. Na quinta-feira, 29, nada os 50m Livre e na sexta-feira, 30, os 100m Borboleta.
“Nos últimos 50 metros, eu já estava sentindo a água espirrar para todo lado. Foi de dar o sangue, uma das provas mais doloridas. Eu nadei muito bem os primeiros 200, 250 metros, era pra fazer tempo abaixo de 4min50, mas o final da prova deu uma pegada, tem o mundial ainda, mas o trabalho está sendo feito e graças a Deus está dando resultado”, explica Rheine.
A prova dos 400m requer muita resistência e também um senso preciso do atleta para identificar quando é necessário usar força máxima e quando é necessário se poupar. Com as piscinas olímpicas medindo 50 metros, os 400 metros equivalem a oito piscinas olímpicas, cerca de quatro campos de futebol de uma linha de fundo à outra.
“Tinha torcida em peso do Brasil, na eliminatória e na final. Dava para ouvir os gritos, conseguia ouvir a minha esposa com a cabeça dentro da água. A maior torcida em termos de barulho foi na Paralimpíada do Rio, mas tive sensação semelhante. Os 30 ou 50 brasileiros que estavam ali, estou chutando um número, se transformaram em 5 mil”, comenta.