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Brusquense que vive na Itália sente tremor que deixou mais de 100 mortos

Luciana Silveira, que reside no país há 12 anos, contou a experiência ao Município Dia a Dia

Por volta das 3h30 da madrugada de terça para quarta-feira, a brusquense Luciana Silveira, de 40 anos, acordou com o barulho do seu mensageiro dos ventos – objeto de decoração que, com o vento, produz sons – que decora a cozinha. Como naquele horário a casa estava fechada e não havia como o vento entrar no local, ela percebeu que algo estranho estava acontecendo.

O terremoto, que atingiu magnitude de 6.2, impactou sobretudo a região da Úmbria / Foto: Rodrigo Silva

Ao acender a luz, ela e o marido, Fabricio Darossi, viram que o lustre “dançava” de um lado ao outro. Ao mesmo tempo, a cama também tremia. Tanto Luciana quanto Fabricio não imaginavam que o terremoto, que durou cerca de 10 segundos, havia atingido, com mais força, a região central da Itália, deixando mais de 100 mortos, pelo menos 350 feridos e cerca de 100 desaparecidos.

“A Itália é muito sísmica. Somos acostumados a sentir tremores de terra. Mas esse realmente foi muito assustador. Depois dele, teve um outro tremor uma hora mais tarde, mas foi mais fraco”, afirmou Luciana.

A brusquense está há 12 anos na Itália. Atualmente, reside em Longiano, na região da Romagna – fora do epicentro do tremor. O terremoto, que atingiu magnitude de 6.2, impactou sobretudo a região da Úmbria, localizada a cerca de 200 km de Roma e cerca de 150 km da região onde Luciana vive.

“Nesses 12 anos que estou aqui, um tremor forte como esse aconteceu uma outra vez. Eu estava na Alemanha com meu irmão e tive que voltar para casa. Tive que trocar a louça [piso] do chuveiro, porque rachou. E encontrei os porta-retratos caídos também”, contou.

No terremoto da madrugada de quarta-feira, a casa e a cidade da brusquense não sofreram danos maiores. Segundo Luciana, durante o ano ocorrem de dois a três tremores em Longiano. Todos de baixa intensidade.

Quando a reportagem conversou com a brusquense, ela também contou que o clima entre os moradores era de preocupação, sobretudo por possíveis novos tremores de alta intensidade.

“Eu cheguei em casa às 19h, e estou preocupada para dormir sabendo que pode acontecer de novo. A televisão só fala nisso. Então está sempre dando boletins atualizados sobre a situação. Infelizmente a tendência é aumentar o número de vítimas”, disse.

Embora a tristeza tenha tomado conta do país, Luciana também ressaltou que os italianos são extremamente solidários uns com os outros e, por isso, os cidadãos estão ajudando o governo a amparar as vítimas.