Brusquense relata mudanças na rotina familiar após diagnóstico de câncer de mama

No especial A Vida Continua, moradora do Águas Claras também fala sobre a importância do apoio da família durante o tratamento

Brusquense relata mudanças na rotina familiar após diagnóstico de câncer de mama

No especial A Vida Continua, moradora do Águas Claras também fala sobre a importância do apoio da família durante o tratamento

Após o diagnóstico do câncer de mama, em abril, a vida da costureira Fernanda Pereira Berns virou de cabeça para baixo. A moradora do bairro Águas Claras, em Brusque, passou por um turbilhão de sentimentos, mas, com o apoio da família, pôde lidar melhor com o tratamento e seguir com a rotina.

Depois de seis meses, neste outubro a rotina da Fernanda é parecida com a de antes de descobrir a doença. “Eu acho que, exatamente, mudar alguma coisa, não mudou. Continua a mesma rotina, antes e depois do câncer. Eu tive que, claro, ter mais calma, mais paciência, de fazer certas atividades dentro de casa, porque tem dias que eu não consigo fazer naquele mesmo tempo que eu fazia antes de não ter câncer”, explica.

Em um dia comum, Fernanda acorda, se maquia, coloca um lenço ou escolhe uma touca. Ela toma café, olha as redes sociais e as notícias da manhã. “A fofoca dos outros”, pontua, antes de uma risada.

Em seguida, começa os serviços domésticos e, principalmente, o almoço. O meio-dia é aguardado, pois é quando o marido, Adilson Berns, e os dois filhos, Isabelli Berns e Alison Berns, vão para a casa almoçar.

Sobre a família, a brusquense reflete sobre as mudanças. “A gente sempre foi unido, parceiro, nós quatro. Com a descoberta do câncer, acho que fortaleceu a nossa família. A gente aprendeu a dar valor aos pequenos momentos em família juntos”, conta.

Luiz Antonello/O Município

O dia a dia começou a ter um significado diferente, o que aproximou ainda mais todos da casa. “Tem coisas que não dá para falar, não dá para explicar. É uma mistura de sentimentos, que só a pessoa sente. Às vezes a gente não sabe expressar com as palavras certas, mas lá, no fundo, a gente sabe que mudou, e muito”, continua.

Além da rotina de cada um, a família começou a se esforçar para fazer eventos específicos na semana. Com isso, Fernanda também conseguiu seguir firme e recebeu apoio. “Eu acho que a família é tudo. Para mim, ela foi muito importante para o meu tratamento”, comenta.

O reencontro familiar no almoço é muito importante para Fernanda. “É quando a gente se encontra, conversa, é quando a família está fortalecida. Não me vejo almoçando sozinha, pois isso faz parte da minha rotina. Sempre em família”, diz.

“Eles foram essenciais para mim e ainda são, neste processo. Com a força deles, eu to conseguindo levar esse tratamento com mais leveza, agradeço a cada um”, completa.

Amor de mãe

Luiz Antonello/O Município

Fernanda também destaca o apoio da mãe Tânia Eger, além do pai e das duas irmãs. Porém, enaltece a mãe pela presença e força dadas durante momentos difíceis.

“Eu posso dizer que a minha mãe, ela, sim, está comigo em tudo. É ela que vai para quimioterapia comigo, ela está mais de frente com o tratamento junto comigo”, detalha Fernanda.

Mesmo com a ajuda dos familiares, Tânia ressalta que Fernanda dá conta das atividades e mantém a cabeça erguida no cotidiano.

“Eu vejo nela uma pessoa que nem eu achava que ela era tão forte assim. Passar por uma situação dessas e seguir a vida, normal, em momento algum ela deixou de fazer as coisas e não ficou dependente da doença. Dava a impressão que ela nem tava doente, se não fosse o cabelo rapado. Ela tem uma força dentro dela”, conta a mãe.

Segundo ela, a doença não abalou Fernanda. “Isso é o fundamental para a pessoa se recuperar, poque o emocional da gente nos leva para o buraco”, completa.

Assista ao episódio 1 do especial A Vida Continua:

Outubro Rosa

O movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida anualmente.

O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.

O objetivo do Outubro Rosa 2023 é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

Assista ao vídeo e conheça mais da história de Fernanda::


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