Brusquense volta à presidência da Fundação Catarinense de Cultura: “muito determinada”
Maria Teresinha Debatin já havia ocupado o cargo em 2014, na administração de Raimundo Colombo
A brusquense Maria Teresinha Debatin reassumiu na última semana o cargo de presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Escritora, numeróloga e presidente da Academia de Letras do Brasil – Brusque, ela retorna ao cargo após dez anos.
“Virar a chave e voltar para a FCC me é muito honroso. O governador Jorginho Mello tem um portfólio muito grande de pessoas e me escolheu. Na primeira vez que assumi o cargo, havia sido por indicação do então deputado Jorginho e agora como governador. É muito gratificante, estou muito feliz com o convite. Estou muito determinada a trabalhar pela cultura de Santa Catarina e fazer jus ao convite que me foi dado”.
Curiosamente, o primeiro ato de Maria Teresinha no cargo foi o lançamento da edição de 2024 da Festa Nacional do Marreco (Fenarreco), no Clube de Caça e Tiro, em Brusque.
“Eu adorei, sou muito saudosista. Eu, como funcionária do Besc, trabalhei anos seguidos para que a Fenarreco pudesse acontecer. Foi muito legal reviver a história lá no Caça e Tiro. Estava muito bem organizado e fiquei muito feliz em participar”, destaca.
Prioridades
Segundo Maria Teresinha, os primeiros dias foram de reuniões intensas dentro da pasta. Uma de suas prioridades é o lançamento de editais de incentivos para artistas. Outras, são reformas de locais importantes para a cultura do estado, como os teatros Álvaro de Carvalho (TAC), Pedro Ivo e Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC), além do Museu do Mar, em São Francisco do Sul.
“A gente vai fazer a cultura florescer em Santa Catarina. Temos editais que já deveriam estar na rua. De forma democrática, vamos discutir com os conselhos. Vamos acelerar isso para que eles sejam lançados até o fim do ano. Com a equipe, vamos intensificar os trabalhos e atender aos anseios dos produtores e artistas do estado. O governador quer essas casas de arte reformadas para que o público e os artistas tenham um lugar onde é agradável estar. Temos muito trabalho pela frente. O que nos espera é uma corrida intensa”, enfatiza.
A presidente da FCC faz questão de exaltar o potencial cultural do estado. “Tenho esse amor pela cultura, alegria e satisfação para preparar o palco para que o artista faça o show. Venho com o brilho no olhar e sangue nas veias para trabalhar e fazer essas entregas. Aqui tem vida, arte e público. Basta conseguirmos entregar bons espetáculos e boas estruturas”, resume.
Currículo
Natural de Brusque, Maria Teresinha foi bancária durante 29 anos, e a única diretora mulher do extinto Besc. Também atuou como diretora administrativa da Casan entre 2002 e 2003 e assumiu a Imprensa Oficial e o Arquivo Público do Estado no período de 2007 a 2011.
Em 2009, criou o projeto 100 Cópias, Sem Custos, que recentemente virou lei sancionada pelo governador. O objetivo é incentivar a produção literária e cultural no Estado a partir da publicação mínima de 100 exemplares de livros ou trabalhos acadêmicos sem custo para os autores.
Em 2014, antes de assumir a presidência da Fundação Catarinense de Cultura, foi secretária adjunta da extinta Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL). No comando da FCC, foi responsável, entre outros, pela reabertura do Café do CIC, lançamento de editais da área, realização de exposições de cunho internacional no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), como as dos artistas Joan Miró e Antoni Gaudí, entre outras realizações.
Além de gestora pública, Teresinha é escritora. Começou a escrever poesia aos nove anos e desde então já publicou textos poéticos, crônicas e histórias em jornais diversos. O primeiro livro foi lançado em 1996, chamado As Muitas Faces de Um Sujeito Chamado Eu, com poesias e crônicas. Tem 12 livros editados.
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Kai-Fáh: Luciano Hang foi dono de bar em Brusque, onde conheceu sua esposa: