Brusquenses assistem votação do impeachment na praça Sesquicentenário
Telão foi instalado pelo Movimento Brusque Contra a Corrupção
O Movimento Brusque Contra a Corrupção instalou um telão na praça Sesquicentenário para acompanhar a votação do processo de impeachment. A manifestação iniciou às 14 horas, mesmo horário da sessão da Câmara dos Deputados e segue até o fim do procedimento.No começo, o movimento foi abaixo da expectativa dos organizadores, mas a partir do início da votação, os apoiadores do impeachment começaram a chegar até o local.
Morador do bairro Bateas, o aposentado Ari Fernandes Vieira da Cunha, 69 anos, chegou a praça acompanhado pela esposa por volta das 17h30. Ele decidiu acompanhar a votação no local porque sempre participou das manifestações realizadas em Brusque. “Eu vim a todos os protestos, por isso, vim hoje também. Acho que tem poucas pessoas, esperava mais gente, mas eu estou aqui para representar os que apoiam o impeachment”, diz.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Brusque (CDL), Michel Belli, também acompanhou a votação na praça. Para ele, é importante demonstrar a força dos brasileiros na rua. “Acho importante estar aqui, mesmo que a votação não dependa de nós, e mostrar a nossa força”, diz.
A Polícia Militar e os organizadores estimam 300 pessoas presentes na praça Sesquicentenário. O telão continua no local até o fim da votação. Se o resultado for a favor do impeachment, o movimento planeja realizar uma carreata pelas ruas do município.
Contra o impeachment
Diferente das outras manifestações, a votação do processo de impeachment também foi acompanhada por pessoas contra o impedimento de Dilma Rousseff. O grupo, formado em sua maioria por mulheres, chegou a praça Sesquicentenário após o início da votação, empunhando cartazes com dizeres contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e também “contra o golpe”.
Uma das participantes do grupo disse que a decisão de acompanhar a votação do impeachment na praça Sesquicentenário foi de última hora e o principal objetivo é mostrar que, mesmo em minoria, Brusque também tem pessoas que são contra ao processo de impedimento da presidente. “Resolvemos vir não para confrontar, mas para acompanhar a votação também, mostrar que existe oposição em Brusque, deixar de ser oprimido e mostrar que temos voz. A praça é pública e também temos direito de ficar aqui”.