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Brusquenses comentam como é votar e se informar sobre as eleições no exterior

Segundo TSE, Bolsonaro foi o mais votado entre os eleitores que moram no estrangeiro

O brusquense Marcone Formonte, 33 anos, morador de Nova Orleans, no estado de Louisiana (EUA), percorreu aproximadamente 560 quilômetros até Houston, no estado do Texas, para votar no dia 7 de outubro.

Junto com um grupo amigos, ele percorreu a distância em cinco horas para participar do primeiro turno das eleições. Eles ficaram em um hotel e depois foram ao Consulado Brasileiro.

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“Chegando lá, teve muita fila, porque Houston é muito grande. O processo foi bem rápido, em uma hora e meia já tínhamos votado e feito tudo”, comenta. Ele diz que votará novamente no segundo turno, no domingo, 28. As urnas usadas no exterior são eletrônicas, do mesmo tipo das empregadas no Brasil.

Formonte faz parte de uma massa de mais de 500 mil brasileiros aptos a votar no exterior, somente para o cargo de presidente. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), essas pessoas estão distribuídas em 171 localidades de 99 países.

Os Estados Unidos, onde Formonte vive há 16 anos – 14 em Nova Orleans e, antes disso, dois anos em Houston – é onde está o maior contingente. São 160 mil brasileiros apto ao voto no país.

As outras duas nações onde há mais eleitores aptos a votar são o Japão, com 60.708 eleitores, e Portugal, com 39.118. O segundo turno ocorrerá no mesmo dia 28 de outubro. Apesar do fuso horário, o resultado só é divulgado após o encerramento da eleição no Brasil.

Repercussão
O meio de informação usado por Formonte para escolher o seu candidato foi a internet. Segundo ele, a mídia americana deu pouca atenção para o pleito no Brasil.

Quando tratou das eleições, a imprensa americana abordou as questões maiores, sem entrar tanto em quais são os candidatos. 

Carlos Eduardo Sapelli, 26, é outro brusquense nos Estados Unidos. Ele mora em Boston, no estado de Massachusetts, com a esposa.

Por estar há pouco tempo no país, eles não tiveram tempo de transferir o título para votar. Porém, Sapelli também comenta que a imprensa americana deu pouca atenção para a eleição brasileira.

O principal meio de informação dele e da esposa é a internet, que ele considera uma fonte mais confiável.

A irmã de Formonte, Michele Melissa Formonte, 38, mora em Bogotá, na Colômbia, há 12 anos. Ela não votou, mas acompanhou a eleição de longe.

Ela conta que a imprensa colombiana dedicou bastante atenção ao pleito no Brasil, especialmente às posturas consideradas radicais de Jair Bolsonaro (PSL) no que se refere ao politicamente correto. Ele também é comparado a Donald Trump – o republicano presidente dos EUA.

Outro fato que também ganhou destaque na Colômbia é que a Organização dos Estados Americanos (OEA) enviou observadores para acompanhar a eleição.

Wesllen Savaris Lopes, 24 anos, reside na cidade Lübben, no estado de Brandemburgo, Alemanha, há dois anos e meio. Também não vota, mas acompanhou a eleição de longe.

Lopes conta que a imprensa europeia deu pouca atenção à disputa no Brasil. O principal meio de informação para quem mora no Velho Continente é a rede social.

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Bolsonaro vence
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 500.340 brasileiros estavam aptos a votar. Destes, 202.766 compareceram às urnas.

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro foi o mais votado, com 113.690 votos, ou 58,79% do total de válidos. O segundo lugar ficou com Ciro Gomes (PDT), com 28.073, o equivalente a 14,52%.

Fernando Haddad (PT) foi o terceiro mais votado: 19.540 votos, 10,10% dos votos válidos. João Amoêdo (NOVO) foi o quarto colocado, com 13.637 votos, ou seja, 7,05%.