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Brusquenses que vivem em Florianópolis mantêm laços com cidade natal por meio de associação

Entidade existe há 31 anos e conta com cerca de 200 membros que se reúnem para confraternizações durante o ano

Para não perder o contato e a identificação com a cidade natal, há 31 anos um grupo de brusquenses residentes em Florianópolis decidiu criar a Associação dos Brusquenses em Florianópolis.

Além de se manterem próximos, a ideia da associação era auxiliar os brusquenses na capital do estado durante tratamentos de saúde, estudos ou mesmo na ambientação com a nova cidade.

Após 30 anos, a associação se mantém ativa e, segundo a presidente, Vanda Moretão Assanuma, tem cerca de 200 associados, entretanto, cerca de 100 costumam participar ativamente das atividades da entidade.

Natural de Brusque, mais especificamente do bairro Primeiro de Maio, Vanda mora em Florianópolis há 32 anos. Ela se mudou para a capital quando o marido, que trabalhava na Sharp, foi transferido e, então, a família construiu sua vida na capital.

Eventos são marcados por muita animação e nostalgia | Foto: Divulgação

Ela entrou na associação por um convite do fundador, Miguel Sedrez. “Eu já conhecia muitos deles, já havia estudado com alguns, tínhamos a mesma formação, conhecíamos as famílias, então a associação foi a forma que encontramos de ficarmos sempre em contato”, lembra.

Vanda está em seu terceiro mandato à frente da associação. Ela afirma que desde o início formou-se uma grande família. “Temos muito carinho um pelo outro. Quando nos encontramos é como se tivéssemos em Brusque. É tudo muito festivo, as pessoas se confraternizam na companhia dos conterrâneos”.

Conservando as tradições
Vanda conta que, atualmente, as principais atividades da associação consistem na realização de encontros festivos. As confraternizações são sempre muito alegres e visam manter as tradições – principalmente gastronômicas – da cidade.

Anualmente, os membros da associação realizam a marrecada, em alusão ao tradicional marreco recheado, uma das marcas de Brusque, herança dos colonizadores alemães. 

Segundo ela, os encontros também são regados a muito chope e cuca. “Tentamos fazer receitas de Brusque. Antigamente, trazíamos as cucas direto da cidade. São pratos que relembram a nossa história, está muito vivo nas pessoas”.

Mantendo os laços
Neide Walendowsky Spricigo, 70 anos, é uma das associadas da entidade. Ela mora há quase 50 anos em Florianópolis, e vê na associação uma forma de manter os laços com a cidade natal.

Ela foi para Florianópolis para cursar Serviço Social. Depois de formada, ela voltou para Brusque, trabalhou no Sesi, mas depois de um tempo voltou para capital, já casada. “Eu não participei da reunião de fundação, mas entrei logo depois. Já fui presidente e sempre participo das atividades”.

Neide Walendowsky Spricigo é uma das integrantes da associação | Foto: Divulgação

Neide destaca que a associação proporciona momentos de muita descontração, lembranças e saudade. “Temos uma amizade forte e isso é muito importante, esse apego à terra. A associação também proporcionou esse contato com as pessoas que já conhecíamos de Brusque, mas também deu a oportunidade de conhecer pessoas novas e isso não tem preço”.

Ivanir Maria Barni Batistoti, 70 anos, mora em Florianópolis há 42 anos. Ela já foi presidente por duas vezes da associação e participou da fundação da entidade. Mesmo com a vida cada vez mais corrida, ela ressalta a importância de manter a associação ativa.

“Estamos sempre correndo, com as agendas cheias, mas é importante tirar um tempinho para se reunir com os amigos, para confraternizar”, diz.

Ela afirma que a associação proporciona boas recordações do tempo em que morava em Brusque. “Quando nos reunimos, sempre contamos histórias. É muito prazeroso porque encontramos pessoas que há tempos não víamos”.

Entre as conversas que sempre vêm à tona durante os encontros, Ivanir destaca a rivalidade entre Paysandu e Carlos Renaux. “Temos muitas recordações boas, e sempre que nos encontramos falamos sobre os tempos de Brusque, aí um lembra do Paysandu, outro do Carlos Renaux, cantamos até os hinos, é muito bom relembrar”.