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Calçadas da nova Beira Rio são trocadas menos de um ano e meio após inauguração

Prefeitura de Brusque se manifesta sobre a obra, que está sendo feita sem custos para a administração

Parte da calçada da margem esquerda da avenida Governador Luiz Henrique da Silveira, a nova Beira Rio, já está sendo trocada. O trânsito foi liberado no local em setembro de 2021, ou seja, há menos de um ano e meio.

Quem passou pelo local nos últimos dias percebeu que homens estavam trabalhando e concretando novamente os locais danificados. O conserto está sendo realizado pela empresa responsável pela construção da via, já que o seguro da obra é de cinco anos.

Confira imagens dos pontos:

Otávio Timm/O Município
Otávio Timm/O Município
Otávio Timm/O Município
Otávio Timm/O Município

Câmara de Vereadores

Na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira, 28, o vereador Rogério dos Santos (Republicanos), criticou a situação da via. No uso da palavra, o vereador lembrou que a obra custou cerca de R$ 25 milhões e que a situação atual, segundo ele, é lamentável. Em resposta, o líder do governo na Câmara de Brusque, o vereador Nik Imhof (MDB), lembrou que a obra (que é terceirizada) está em período de garantia.

“O que aconteceu foi uma falha na qualidade do concreto. Inclusive é por isso que a empresa está recuperando o trecho, é responsabilidade dela. A garantia da obra é de cinco anos”.

Prefeitura responde

Em resposta ao jornal O Município, o prefeito de Brusque, Ari Vequi, disse que os enrocamentos [pedras que servem para proteger as encostas de deslizamento] executados junto às margens do rio são sujeitos a variáveis, tais como a profundidade do rio, velocidade e o volume das águas.

“A Beira Rio é um canal extravasor. É importante saber que coisas assim podem acontecer nessa região. A empresa responsável está sendo cobrada, tanto é que está lá consertando. Não há dinheiro nem mão de obra pública no local. É normal que calçadas em locais como aquele possam se danificar”, respondeu o prefeito Ari Vequi.

Ainda segundo a prefeitura, todos os serviços foram executados de acordo com as Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileiras de Normas Técnicas), porém, em função da localização da obra, ela está sujeita a uma série de esforços que podem causar algum dano em ponto específico. Ou seja, mais pontos podem necessitar de consertos parecidos ao longo dos anos, o que é considerado normal do ponto de vista da engenharia, segundo o prefeito.

Engenheiro explica

Os fatores citados pela prefeitura podem causar a acomodação do volume de pedras que compõem o enrocamento, efeito esperado sempre que houver uma elevação considerável no nível das águas, até a acomodação completa das pedras.

“Com esta acomodação pode vir a ocasionar algumas rachaduras nas lajes de concreto que compõem os passeios/ciclovia, uma vez que estão compostas por placas de concreto rígidas. O trecho em questão tem 4 quilômetros de extensão e os danos foram verificados em poucos metros que estão prontamente sendo recuperados pela empresa executora”, concluiu a prefeitura em nota.

O engenheiro responsável pela obra, Cristian Fucks, afirma ainda que nos pontos que estão sendo recuperados, o rio tem uma grande profundidade.

“É um poço que existe ali. Com a elevação do rio e volume das chuvas, ocorreu um adensamento natural das pedras. Nossa empresa, tomando ciência da situação, tomou as providências e está recuperando os pontos. Qualquer problema de execução na obra nessa extensão da Beira Rio, será recuperada pela empresa durante um período de cinco anos. Situações como esta são normais em locais que possuem essas características”, complementa o engenheiro.


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