Câmara de Brusque derruba veto a projeto sobre manutenção de parques infantis
Prefeito Jonas Paegle alegou que artigos da lei poderiam gerar prejuízo ao município
Prefeito Jonas Paegle alegou que artigos da lei poderiam gerar prejuízo ao município
Os vereadores derrubaram na sessão desta terça-feira, 3, por unanimidade, o veto parcial do prefeito Jonas Paegle ao projeto de lei que dispõe sobre normas de segurança e manutenção de equipamentos de lazer e brinquedos em áreas de uso coletivo e em estabelecimentos de educação do município.
Em resumo, o projeto estabelece que os equipamentos de lazer de playgrounds, parques infantis, praças e estabelecimentos de educação infantil e de ensino fundamental, instalados em áreas públicas e particulares de Brusque, devem observar as normas de segurança previstas na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Além disso, em seu artigo 3º, a lei diz que deverá ser afixada placa informativa contendo o número de telefone do órgão municipal responsável pela fiscalização dessas normas, para recebimento de denúncias de defeitos, ou falta de manutenção.
A lei também estabelece, em seu artigo 4º, que os parques infantis devem ser vistoriados anualmente, no mês de janeiro, por engenheiro legalmente habilitado.
O artigo 5º diz ainda que os estabelecimentos devem providenciar para que os parques infantis passem por manutenção preventiva, anualmente, no mês de julho.
Em justificativa enviada à Câmara, o prefeito sugeriu o veto dos artigos 3º, 4º e 5º, por entender que o projeto é inconstitucional por gerar despesas ao município. Entretanto, os vereadores não concordaram com o parecer da procuradoria.
Uma das autoras do projeto, Ana Helena Boos (PP) destacou que os artigos vetados são os mais importantes da lei, por isso, defendeu a sua derrubada. “São esses artigos que dão corpo e clareza ao projeto. São eles que especificam qual a função do projeto e o por quê de termos proposto. Penso que é uma questão de boa vontade colocar em prática, e não vetar por causa de uma placa”.
Jean Pirola (PP) também não concordou com o veto. “Dizer que estamos criando a possibilidade de novas funções, trazendo prejuízo ao executivo é como se a prefeitura hoje não tivesse alguém responsável pelos parques e obrigatoriamente tem que ter. Se a população tivesse um canal de contato para informar sobre a necessidade de manutenção seria mais fácil. A lei foi criada pensando nas crianças, nas famílias, e em momento algum traz prejuízo à prefeitura”.