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Câmara de Brusque pode ter novo presidente em 2020

Atual presidente tem acordo verbal para revezamento do cargo no próximo ano

Apesar do presidente José Zancanaro (PSB) ter mandato até dezembro de 2020, pode não ser ele a comandar a Câmara de Brusque no próximo ano. Isso porque há, entre os vereadores de seu grupo político, um acordo de revezamento nos cargos da mesa-diretora do Legislativo.

Zancanaro foi eleito em dezembro de 2018 para um mandato de dois anos na presidência, que teoricamente só acaba em dezembro de 2020. No entanto, ele explica que há um acordo verbal firmado com o vereador Ivan Martins (PSD), para que este assuma o comando do Legislativo no ano que vem.

O atual presidente afirma que irá honrar o compromisso. Para isso, teria que renunciar ao cargo, e uma nova eleição seria convocada. 

“Renunciarei sem maiores problemas, em política você tem que cumprir com a palavra com a qual se empenhou, caso contrário as coisas não funcionam”, afirma.

Martins, então, colocaria seu nome à disposição, com apoio da base do governo, a qual também elegeu Zancanaro, e tem votos suficientes para derrotar eventual candidato da oposição.

No entanto, esse revezamento depende também da vontade pessoal de Martins, que precisa decidir se mantém ou não o interesse em ser candidato à presidência. Consultado pela reportagem, o vereador diz que ainda não bateu o martelo.

“Ainda é uma ideia indefinida. Vamos conversar sobre isso no mês de novembro, início de dezembro”, declara.

Caso Ivan Martins decida que não irá concorrer, a tendência é de que Zancanaro cumpra seu mandato na presidência até o final do próximo ano, em que haverá eleições municipais. Em caso de nova eleição, esta deve ocorrer em dezembro, para que o novo presidente inicie os trabalhos em fevereiro, pós recesso de fim de ano.

Efeito dominó

Se Martins decidir ser candidato, provocará outra movimentação na composição da mesa-diretora, além da troca na presidência. É que atualmente ele é vice-presidente do Legislativo, e para concorrer a presidente também teria que renunciar ao cargo.

Com isso, seriam feitas duas novas eleições: uma para a presidência e outra para a vice-presidência. Os cargos de primeiro e segundo secretário, atualmente ocupados, respectivamente, pelos vereadores Gerson Luiz Morelli, o Keka (PSB), e Cleiton Bittelbrunn (Patriotas), permaneceriam como estão.