Camelos de Belém: grupo preserva a tradição do Terno de Reis durante mais de 40 anos de história em Guabiruba

Atualmente, o grupo realiza apresentações anuais em eventos na cidade

Camelos de Belém: grupo preserva a tradição do Terno de Reis durante mais de 40 anos de história em Guabiruba

Atualmente, o grupo realiza apresentações anuais em eventos na cidade

O grupo Camelos de Belém, de Guabiruba, é uma das mais antigas representações da tradição do Terno de Reis na região. Com mais de 40 anos de história, o grupo se mantém firme em sua missão de preservar as músicas e o significado do Natal.

Fundado nos anos 80 pelos irmãos Francisco Schaefer, Ingo Schaefer e Júlio Schaefer, com a participação de amigos e parentes como Waldemiro Kormann e Antônio Kraeft, o grupo sempre esteve envolvido em apresentações natalinas.

O representante do grupo, José Carlos Erthal, conhecido como Kalão, de 39 anos, explica que o Terno de Reis é uma tradição familiar. “Com o falecimento dos irmãos Julio e Ingo, nos últimos anos foram integrados novos músicos, os amigos, parentes e vizinhos Ivan Elias Fischer, José Erthal e José Carlos Erthal, compondo a formação atual”, conta.

Os ensaios começam em agosto de cada ano, mas os músicos do grupo estão sempre em atividade, criando novas melodias e arranjos para garantir a qualidade de suas apresentações. “Sempre na ativa o ano inteiro”, afirma.

Kalão explica que o Terno de Reis, também conhecido como Folia de Reis, é uma tradição portuguesa muito comum no nordeste brasileiro. O principal objetivo é anunciar o nascimento de Jesus, com as músicas relatando a visita dos Reis Magos ao menino Jesus, ocorrendo principalmente entre os dias 25 de dezembro até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis.

O repertório do Camelos de Belém mistura músicas compostas pelo grupo e alguns clássicos. “Nas apresentações, cantamos mais músicas compostas por integrantes do grupo ou pelo grupo como um todo, bem como covers de alguns grupos como Família Dias, um dos mais conhecidos do sul do Brasil, e o Grupo Taquaras.”

Ao longo dos anos, o grupo percorreu muitas casas durante o período de Natal, mas com o tempo, as visitas diminuíram. “Antigamente, o grupo percorria muitas casas neste período de Natal até o Dia de Reis, mas por alguns anos não foi mais realizada as visitas, muito por mudanças de hábitos na comunidade em geral, também porque alguns integrantes foram ficando com a idade mais avançada, por falta de reformulação do grupo muitos anos atrás”, explica Kalão.

Atualmente, o grupo realiza apresentações anuais na Pelznickelplatz, em Guabiruba, onde tocam as tradicionais músicas do Terno de Reis e outras mais populares, como Hino de Reis (popularmente conhecida como Vinte e Cinco de dezembro) e o Berço de Palha (também conhecida como A Mulinha).

Além disso, o grupo também participa de eventos públicos, como o Desfile de Natal no Natal Mágico de Guabiruba, a convite da Fundação Cultural de Guabiruba.

Desafios e futuro

Nas apresentações, o Camelos de Belém toca as tradicionais músicas do Terno de Reis e outras populares | Divulgação

Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, como a falta de renovação no grupo, o Camelos de Belém segue ativo e com planos para o futuro.

“Para o ano de 2025, a ideia é gravar algumas músicas para ficar tudo registrado e para podermos divulgar mais e mais anos o Nascimento de Jesus com o Terno de Reis do grupo Camelos de Belém”, explica.

O grupo Camelos de Belém segue com os ensaios, preparando-se para mais uma temporada de apresentações que celebram o nascimento de Jesus e mantêm viva a tradição do Terno de Reis.


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