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Caminhoneiro de Brusque não acredita em paralisação em 2019

Porém, ele afirma que categoria está insatisfeita e pode parar no início do próximo ano

Uma nova greve dos caminhoneiros, anunciada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para a próxima segunda-feira (16) e noticiada por sites como Revista Fórum e Brasil 247, não deve acontecer. A opinião é de Sheile Nicoletti, o Cachorro, um dos líderes do movimento de 2018 em Brusque e região. De acordo com o portal Poder360, o Ministério de Infraestrutura monitora os movimentos da categoria e também não crê na mobilização.

Para Nicoletti nenhuma grande manifestação deve ocorrer até o início do próximo ano. “É inviável, muitos vão estar de férias, não daria o mesmo efeito. Nenhuma caminhoneiro vai querer passar o fim de ano trancado na estrada”, diz.

Ele, porém, afirma que a situação da categoria só tem piorado no país e que já se fala entre os profissionais da necessidade de uma nova paralisação no início do próximo ano. “Já é uma necessidade se não houver nenhum amparo por parte do governo. Quem vive do caminhão sabe o que está acontecendo no país.”

De acordo com o caminhoneiro, a tabela de frete não tem sido respeitada e não há fiscalização por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o cumprimento dos valores. Outra queixa é quanto ao preço do diesel.

O preço médio do Diesel comum no país, segundo o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), ficou em R$ 3,766 na semana do dia 1º a sete de dezembro. A maior média foi registrada na região Norte (R$ 3,983) enquanto a menor ficou no Sul (R$ 3,545). O Diesel S10 está ainda mais caro e no levantamento da ANP ficou com média de R$ 3,825. Novamente a região Sul é a mais barata (R$ 3,642) enquanto o Norte foi a mais cara (R$ 3,965).

“Já pagamos R$ 4 o litro do diesel em algumas regiões. O que muita gente não sabe é que um tanque é pra rodar por poucos dias. Não é pra um mês”, explica.

Apesar de amenizar que “ele não pode fazer tudo sozinho”, o motorista se mostra decepcionado com o presidente Jair Bolsonaro. “Pela transparência que era antes de se eleger, achei que ele mesmo chamaria a categoria para conversar”, finaliza o caminhoneiro.