Campanha da Fraternidade 2021: igreja aborda combate à violência contra a mulher
Série de conteúdos da Paróquia São Luís Gonzaga discutirá diversas temáticas
O tema deste ano é “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”. A Paróquia São Luís Gonzaga abordará o assunto durante todo o ano, refletindo diferentes eixos apontados pelo texto-base, relacionando com o que se vive em Brusque.
“O objetivo geral da Campanha da Fraternidade este ano é avaliar, pensar e identificar caminhos para superar as polarizações e violências, através do diálogo, testemunhando unidade na diversidade”, explica o pároco, padre Diomar Romaniv.
Um trecho da oração da campanha diz “ajuda-nos a testemunhar a beleza do diálogo como compromisso de amor, criando pontes que unem, em vez de muros que separam e geram a indiferença e o ódio”.
O pároco diz que este é o objetivo da iniciativa. “Queremos criar pontes que nos aproximam dos outros, através da fraternidade. Como Igreja, vamos olhar para a realidade do nosso povo e buscar elementos que nos ajudem a superar a violência”.
Neste mês de março, conforme tema proposto pelo Papa Francisco no mês anterior, o assunto abordado será o cuidado com as mulheres.
Combate à violência contra a mulher
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram um aumento no número de violência contra a mulher. São 5% a mais de denúncias de lesão corporal, totalizando 266 mil casos no país. Em relação a 2019 também foi registrado um aumento de 3,8% no acionamento da Polícia Militar e 7% a mais de feminicídios.
“Uma sociedade de paz é fundamentada no diálogo e na fraternidade. Para que nós tenhamos paz, precisamos nos importar com o outro. Quando falamos em violência contra a mulher, é importante saber que o problema também é nosso. Não devemos fechar os olhos porque isso não é uma questão privada. A violência diz respeito à sociedade como um todo e não podemos permitir que essas situações se perpetuem diante de nossos olhos”, afirma Aline Pozzolo Batista, psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Brusque.
A profissional orienta que, diante da suspeita de violência doméstica, o melhor a se fazer é conversar, acolher e apoiar a vítima. Ao mesmo tempo, é importante incentivá-la à denúncia e ao conhecimento de seus direitos.
“Caso a mulher não queira denunciar, por medo ou outra razão, denuncie você. Isso pode ser feito de forma anônima, basta discar 180 ou 181. É importante que a violência saia das quatro paredes e se transforme em denúncia. Todos nós somos convidados a construir uma sociedade mais justa, fundamentada na paz”, ressalta a psicóloga.
Confira abaixo vídeo publicado nas redes sociais da paróquia: