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Campanha de castração da prefeitura está paralisada

Secretaria de Saúde afirma que fará levantamento para analisar se há "real necessidade" de reativar ação

Iniciada em fevereiro deste ano, a 5ª Campanha de Castração gratuita de cães e gatos realizada pela Prefeitura de Brusque em parceria com as clínicas veterinárias está paralisada. Embora considere importante manter as castrações, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, realizará um levantamento de cadastros e de animais para verificar “a real necessidade” de reativar a ação.

Diferente dos anos anteriores, a campanha de 2015 previa castrações durante todo o ano. Somente cães e gatos recolhidos pela Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra) e de pessoas com renda familiar abaixo de R$ 1600 eram aptas a cadastrar os animais.

De acordo com a presidente da Acapra, Lilian Dressel, em janeiro, animais da entidade cadastrados no ano anterior haviam sido chamados para castração. Porém, nenhum dos cadastrados este ano foi chamado. Quanto aos animais particulares, a presidente não sabe se ocorreram ou não os procedimentos.

Ela lembra que nos anos anteriores a prefeitura investia, por ano, R$ 100 mil na campanha. O valor era dividido em duas ações. Por outro lado, a parceria com as clínicas veterinárias do município era formada por meio de licitações. Para a presidente da Acapra, o valor investido deveria ser maior, desta forma, seria possível realizar castrações “em massa”.

“Esse valor é muito baixo, sem contar que não atinge muitos animais e que demora muito para realizar a castração depois do cadastro. O número de animais de rua é muito alto em Brusque. E enquanto uma parte é castrada, a outra está se reproduzindo. Então não é muito eficaz. Talvez em uma cidade menor como Guabiruba seria mais eficiente”, explica.

Embora faça ressalvas quanto à campanha de castração da prefeitura, Lilian é a favor da manutenção da medida e, por isto, lamenta a paralisação. Segundo ela, através da iniciativa, a Acapra consegue castrar os animais sem precisar utilizar os próprios recursos, além disto, as pessoas de baixa renda também são beneficiadas.

“Gostaríamos que a campanha fosse mantida, mas melhorada também. Ano passado demorou mais de seis meses para chamarem os cadastrados. Então as cadelas geralmente já engravidaram ou sumiam sem a castração”, afirma. “O ideal seria que a castração ocorresse na mesma semana do cadastro”, completa a presidente.