Campeonato de Beach Tennis reúne iniciantes, veteranos e famílias

Atletas contam suas histórias com um esporte que tem cada vez mais adeptos

Campeonato de Beach Tennis reúne iniciantes, veteranos e famílias

Atletas contam suas histórias com um esporte que tem cada vez mais adeptos

A primeira etapa do Campeonato Catarinense de Beach Tennis está sendo disputada no Clube Esportivo Guarani, com 267 inscrições, um recorde para a competição. Atletas de todas as idades se reuniram com amigos e famílias em Brusque para praticar um esporte novo, mas no qual o município já começa a ser tradicional.

O beach tennis (literalmente “tênis de praia) vem da Itália, nos anos 80, e há mobilizações de seus praticantes para que a modalidade seja inserida nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. No Brasil, o esporte começou a se popularizar no fim dos anos 2000. E em Brusque, no início da década, dois dos principais responsáveis pelo início foram Murilo Moritz e Fabrício Bado, o Fabico.

No município, os principais clubes são o Guarani e a Sociedade Esportiva Bandeirante, que foi vice-campeã estadual no ano passado, ficando atrás da Brava 60, associação que divide suas atividades entre Balneário Camboriú e Itajaí.

Moritz é um dos pioneiros do beach tennis em Brusque | Foto: João Vítor Roberge

Fabico foi um dos que trouxeram a modalidade para Brusque, após assistir a uma edição campeonato mundial disputada em Balneário Camboriú. Aos 50 anos, ele disputou a categoria B com seu filho, Gustavo, de 18, após ter sido campeão da categoria C no ano passado. “É uma modalidade prazerosa, fácil de aprender. Há rivalidades, mas existe uma relação de amizade e respeito entre os atletas que é muito grande”, explica.

Para Marcelo Heusi, presidente da Brava 60, a modalidade irá se expandir cada vez mais rápido. Mesmo com o Carnaval atrapalhando o período de inscrições, as mais de 260 realizadas foram um recorde. “As pessoas que jogam trazem a família, e eles rapidamente se interessam a jogar. A expectativa é de que ultrapasse o tênis tradicional. É mais acessível”, explica Heusi, que disputa em duplas a categoria A.

Roberta Pavei está em seu segundo ano jogando beach tennis, e disputou a etapa na categoria C, em duplas femininas. Ela veio de Jaguaruna, onde seu marido dá aulas na modalidade, e começou a se familiarizar com o esporte. “Neste ano eu estou com vontade de disputar competições, começar a jogar ainda mais”, afirma.

Aos 36 anos, a professora de educação física sempre gostou de esportes, mas nunca havia saído dos exercícios físicos. Tentou esportes como natação e ciclismo, até se encontrar no tênis de praia.

“É um esporte bastante acessível. Claro que as raquetes costumam ser caras, mas as pessoas não têm muito apego, então alguém que quer começar pode comprar raquetes usadas por uns R$ 200, e elas duram muito. E com sorte, sempre tem gente emprestando até que os iniciantes decidam mesmo seguir no esporte”, explica Roberta.

 

Rumo à profissionalização
João Annibal Queiróz veio de Criciúma com sua dupla, Rafael Búrigo, para disputar na categoria A em duplas. “Comecei a fazer aula de tênis, e meu professor lá em Criciúma nos apresentou o beach [tennis]. E nunca mais paramos. Faz um ano e meio que estamos jogando com frequência”, explica o atleta de 29 anos.

Após vencerem a primeira rodada, eles se depararam com a dupla cabeça-de-chave, formada por Rodolfo Marquezi, de Florianópolis, e Eduardo Heusi, de Balneário Camboriú. “Eles jogam há muito tempo, então não podíamos errar. Vencemos bem o primeiro set, podíamos ter matado no segundo, mas cometemos algumas falhas, e no tie-break eles foram melhores”.

Queiróz, que pretende se profissionalizar no ano que vem, ainda teve por disputar a categoria mista com Rita Rosa, uma parceria inédita, vinda de Florianópolis. “Pretendo voltar sempre nos próximos campeonatos. O melhor lugar que tem para jogar beach tennis é aqui, em Brusque.”

Criciumenses, Rafael e João pretendem voltar a Brusque para jogar | Foto: João Vítor Roberge

O campeonato
O Campeonato Catarinense de Beach Tennis tem as categorias Pro, A, B, e C, que funcionam como as divisões no futebol. A Pro é para os atletas que já conseguiram se profissionalizar. Dentro das categorias A, B e C, existem divisões por faixa etária (acima dos 40 anos e abaixo dos 14), e as categorias masculina, feminina e mista.

A pontuação é contada como no tênis tradicional: 0, 15, 30, 40. No entanto, quando o placar fica em 40 a 40, não há a decisão de vantagem, basta que o ponto seja marcado para garantir o game. A quantidade de games e sets varia dependendo da categoria e da fase dentro da competição.

Não há juízes nas partidas do campeonato. A pontuação é definida pelos próprios jogadores, que cooperam entre si e decidem lances polêmicos com sensatez e fair-play.

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