A ginástica rítmica está no centro das atenções do esporte brusquense neste fim de semana, quando a cidade sedia etapa do campeonato estadual infantil da modalidade, competição que iniciou nesta sexta-feira, 1, e vai até domingo, 3.
A competição reúne cerca de 100 crianças representantes de 13 cidades catarinenses, entre elas Brusque. Neste sábado, as disputas reuniram bom público na Arena.
As apresentações do turno da tarde iniciaram às 14 horas, mas muito antes disso as meninas já se preparavam, na estrutura montada no meio da quadra. A expectativa é grande no começo. As atletas fazem alongamentos e cada detalhe da coreografia é repassado.
Nos rostos de crianças, o olhar concentrado típico de um esporte de alta dificuldade e que exige movimentos coordenados e resistência física. As técnicas das equipes conferem até segundos antes da apresentação se está tudo em ordem com as atletas.
Quando as apresentações começaram, a cada movimento bem executado o apoio vinha da arquibancada, em forma de gritos e aplausos que abafavam, às vezes, o som da música escolhida para a coreografia. Atletas da Associação Brusquense de Ginástica Rítmica (ABGR) foram as mais aplaudidas.
Na solenidade de abertura da competição, a presidente da Federação Catarinense de Ginástica Rítmica, Ellen Vivian Kegel, destacou a organização de Brusque para sediar a competição.
“É muito gratificante vir para cá e encontrar toda essa estrutura. Isso nos deixa muito felizes”, disse
Um novo ciclo começa em Brusque
Anna Julia Maas tem apenas 11 anos de idade, mas pode ser considerada experiente na ginástica rítmica. Ela começou aos cinco anos. Estava na escola, em Timbó, quando chegou o convite para começar a treinar.
Como Anna gostava muito de dançar, pediu à mãe que a autorizasse a iniciar os treinamentos e, depois, nunca mais parou. “A evolução dela está sendo muito boa”, conta a técnica Tatiana Brandes, que treina Anna junto à Raquel Moser.
No sábado, a atleta estreava na categoria infantil. Anteriormente ela disputava na categoria pré-infantil, na qual foi medalhista nos últimos dois anos, e agora começa, em Brusque, a encarar uma nova etapa na carreira.
Na Arena, os primeiros passos
Para Maria Eduarda da Motta, também de 11 anos, a etapa de Brusque representa os seus primeiros passos no esporte. Isso porque até agosto do ano passado, pouco mais de um ano atrás, ela não havia tido qualquer contato com a ginástica.
Convidada a participar de uma escolinha onde reside, em Itajaí, ela foi observada pela técnica de ginástica Priscila Hostin, que se interessou pelo talento da menina e a levou para treinar em Blumenau, cidade pela qual competiu.
Conforme Priscila, a evolução de Maria Eduarda é mais do que notável, uma vez que há uma característica que a difere das competidoras: a maioria delas têm a mesma idade, mas treina desde os cinco ou seis anos, ou seja, há muito mais tempo.