Candidato a vice-prefeito, Felipe Belotto (PT) comenta situação do partido e seus planos caso seja eleito

"A qualidade dos serviços públicos da nossa cidade diminuiu", diz Belotto

Candidato a vice-prefeito, Felipe Belotto (PT) comenta situação do partido e seus planos caso seja eleito

"A qualidade dos serviços públicos da nossa cidade diminuiu", diz Belotto

Candidato a vice-prefeito na chapa pura do Partido dos Trabalhadores, Felipe Belotto tem adotado um discurso de continuidade do governo Paulo Eccel em entrevistas. O petista já esteve na Câmara de Vereadores e na prefeitura e afirma que é da “escola do Paulo Eccel”.

O candidato do PT é o penúltimo entrevistado na série de sabatinas que o jornal Município Dia a Dia está promovendo com todos os candidatos a vice-prefeito de Brusque. Belotto, que concorre ao lado do cabeça de chapa Gustavo Halfpap, tem 34 anos e é cientista político de formação.

Quadro antigo do PT de Brusque, ele defende a legenda e diz que a imagem negativa do partido em âmbito nacional não terá impacto nas eleições de 2 de outubro. E, apesar da cassação de Paulo Eccel do cargo de prefeito, a campanha aposta em colar a sua imagem à do antigo prefeito. “A gente sente que a cidade reconhece que o Paulo foi injustiçado”, afirma.

O candidato termina pedindo que os eleitores elejam vereadores da coligação do PT, para que o trabalho, se for eleito, fique mais fácil. Ele reconhece a importância de ser uma base aliada no parlamento e diz que é preciso ter “vereadores leais com a cidade”.


Papel do vice-prefeito

Belotto diz que o vice-prefeito deve ser a ligação entre a prefeitura e a comunidade em geral. “Na nossa maneira de operar o mandato que virá a partir do ano que vem, ele será como um grande ouvido da prefeitura. Eu tive uma experiência na gestão do Paulo de ser o que recebe as demandas da comunidade. Fiz isso no Orçamento Participativo e tive a oportunidade de ser o ouvidor da prefeitura e também atuei na pavimentação comunitária”, afirma.


Cargo no primeiro escalão

Assim como todos os candidatos a vice-prefeito até o momento, Belotto diz que não tem intenção de assumir uma secretaria ou autarquia. Ele afirma que o vice-prefeito tem suas funções de diálogo e articulação bem definidas.

Ainda assim, não descarta assumir uma pasta, caso seja necessário. “Se não ocorrer uma acumulação de salário e houver necessidade, é possível. Mas, num primeiro momento, isso não está no horizonte. Acho que podemos priorizar o papel do vice para esse contato direto, para ser um receptáculo da comunidade”, declara.


Articulação política

Felipe Belotto ficou como suplente de vereador na última eleição e ocupou uma cadeira na Câmara por dois anos. Durante esse período, o petista foi líder do governo e da bancada do partido.

“A gente sabe que ali dentro muitas coisas são decididas de fato tendo uma relação do Executivo com o Legislativo, com uma boa apresentação do projeto”, afirma. O candidato diz que fará esse papel de articulação, levando em conta a experiência dele na Câmara.

Belotto afirma que o governo sofreu com problemas na sua base, em 2014, e agora aprendeu com os erros. “Nós aprendemos com vários erros que cometemos e temos que colocar em prática uma boa política”.


PT nacional

A imagem do PT em âmbito nacional está arranhada com os sucessivos escândalos de corrupção. Belotto diz que o partido em Brusque temeu uma aversão dos eleitores à sua campanha em Brusque, mas isso não se confirmou.

“O eleitor quer discutir a questão municipal, os buracos na rua, a merenda que baixou de qualidade, esse tipo de coisa. O eleitor vive muito mais no mundo real do que o político, que tenta criar essas armadilhas e discutir essas coisas globais”, declara.


Imagem de Paulo Eccel

A campanha de Halfpap e Belotto aposta na imagem de Paulo Eccel para angariar votos, ainda que o ex-prefeito tenha sido cassado pela Justiça. Segundo o candidato a vice, os eleitores não têm rejeição à candidatura, pois comparam o período da época do PT e depois.

“A qualidade dos serviços públicos da nossa cidade diminuiu, então a população se sente injustiçada”, afirma. Belotto também fala da postura da prefeitura. “Na nossa época, também não tinha dinheiro para tudo, mas a gente não ficava reclamando, corria atrás. A cidade não elege prefeito para ficar reclamando, mas para achar soluções”.


Força do partido

Mesmo com a imagem prejudicada por causa dos escândalos de corrupção, o PT de Brusque resolveu concorrer com chapa pura na majoritária (prefeito) e se coligar com partidos menores na proporcional (vereadores), o PV e o PTC.

Belotto diz que o objetivo é manter o número de quatro vagas na Câmara ou ampliar. Ele afirma que o eleitor não olha para o partido na hora de escolher o candidato. “Mais de 70% votam na pessoa, ainda mais numa eleição pulverizada como é a para vereador”.


Eleição diferente

O petista diz que esta eleição é diferente de qualquer outra na história recente de Brusque. O número de candidatos (sete) faz com que os votos se pulverizem mais do que o normal. Belotto considera que ainda haverá gente sem saber o nome de todos no último dia antes do pleito.
Ele aproveita para cutucar os adversários. “Tirando a candidatura do PSOL, as cinco outras entraram juntas no dia que nos expulsaram da prefeitura, e lá dentro eles brigaram, um querendo mandar mais que os outros, e nós permanecemos unidos”.

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