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Candidato a vice-prefeito, Heins Lombardi fala sobre o que pretende fazer se for eleito

"O eleitorado não está ligado a partido político", diz Lombardi

O advogado Heins Lombardi é o quarto entrevistado na série de sabatinas realizada pelo Município Dia a Dia. O candidato a vice-prefeito ao lado de Odirlei Dell’Agnolo, o Bah, ambos do Solidariedade, assim como os demais até o momento, diz que não assumirá uma pasta e que buscará fazer “o trabalho de base”.

Lombardi nunca exerceu cargo eletivo, contudo, não é alheio à política brusquense. O advogado já participou da fundação de três partidos, sendo o último SD, em julho de 2014. Ele diz que aceitou o convite de Bah com o objetivo de se manter ativo na comunidade.

O advogado, como presidente municipal do SD, apresentou mandado de segurança em abril de 2014. Na época, ele pedia a realização de eleições diretas em Brusque, e não indiretas (na qual somente a Câmara de Vereadores vota).

Embora não esteja diretamente no meio político, ele afirma que conhece as figuras do cenário brusquense e que tem conhecimento para comandar a cidade ao lado de Bah. O candidato minimiza o fato de nenhum dos dois terem exercido cargo público até hoje.

Ele também trata da falta de recursos na esfera municipal. Lombardi afirma que um dos motivos para isso é que o poder público não tem feito projetos.


Papel do vice-prefeito

Lombardi, assim como outros candidatos a vice-prefeito, diz que não irá assumir uma pasta no primeiro escalão da administração. “A gente vê que praticamente é tradição que o vice-prefeito assuma um cargo público. Quando coloquei meu nome à disposição, disse ao Bah que gostaria de fazer o trabalho de base”.

O candidato afirma que ser vice-prefeito vai além da tarefa de substituir o prefeito. “Não me sentiria bem, se eleito for, em assumir uma função além daquela para a qual fui eleito. São muitas as atribuições de vice”.

Ele diz que tem forte participação nos bairros de Brusque e que, por isso, poderá render melhor como vice, sendo o elo entre a prefeitura e a população.


Articulação

Como um partido novo e sem muita expressão no âmbito municipal, um dos desafios da chapa de Bah e Lombardi, se eleita, será a governabilidade. Os dois terão de ter uma relação afinada com o parlamento, para conseguir fazer as matérias de seu interesse passarem.

Lombardi afirma que, se eleito, tentará estar presente em todas as sessões da Câmara Municipal. Além disso, diz que buscará um contato direto com os vereadores. “A gente está na coligação com apenas dois partidos, e imaginamos que elegeremos de três a quatro vereadores. Numa bancada de 15, seria bem desvantajoso”, admite.

Caso o diálogo não funcione, o candidato do SD diz que pretende trazer a comunidade para pressionar pela aprovação de projetos importantes.


Partido pequeno

O SD surgiu na política brusquense recentemente, com a fundação em 2014. Novo, ainda não tem raízes fortes. O tamanho do partido é minimizado pelo candidato. “Se eu sair aqui e perguntar o partido dos candidatos, a maioria não sabe. Ah, mas o Solidariedade não é conhecido! Tenho certeza que 80% do nosso eleitorado não sabe a qual partido o candidato pertence. O eleitorado não está ligado a partido político”.


Experiência

Nem Bah nem Lombardi ocuparam cargo público. O candidato a prefeito chegou a concorrer à Câmara de Vereadores, porém, sem sucesso. Lombardi também minimiza a falta de experiência pública. “A política se faz com inteligência e não com experiência”.

Ele afirma que Bah lutou contra a privatização do Samae, em 2008, e que foi um líder estudantil, por isso já é conhecido. Sobre si mesmo, afirma que conhece os políticos brusquenses, de ambos os lados, e que tem participação ativa nos bairros.

“Vejo que estas promessas de mais creches, mais estradas, é fácil. Promessas de político eu escuto desde criança, mas eles não têm um projeto palpável”, diz Lombardi.


Composição do secretariado

Quando perguntado se o fato de concorrer com chapa pura facilitará a composição do secretariado, o candidato a vice-prefeito diz que haverá diálogo com outras legendas. Segundo Lombardi, a chapa é pura de direito, mas não na prática.

Na composição do secretariado, Lombardi diz que haverá tratativas com outras legendas em busca de bons nomes. “Em segundo momento, também vamos fazer as articulações, vamos fazer trabalho técnico, para isso vamos buscar gente de vários partidos”, afirma o candidato.
Ele adianta que o PRP, que está coligado na proporcional (para vereador), estará num futuro governo.


Produção de água

Lombardi utilizou os minutos para as considerações finais para tratar do abastecimento de água no município. Ele afirma que conhece bem o interior de Brusque, e acredita que o melhor local para a captação não é na parte urbana, onde é mais poluído, mas no interior.

“Primeiro deixam poluir, para depois gastar o dobro com produtos químicos, e prejudicar a saúde do ser humano, quando podíamos fazer captação em partes mais elevadas da cidade”, diz o advogado.

Ele também aborda a falta de recursos. Para o candidato, deve-se, em boa parte, à falta de projetos. Segundo ele, a prefeitura não tem aproveitado da melhor forma verbas liberadas em outras instâncias.

“O município recolhe, para a União, valores expressivos, e por falta de projeto esse valor não volta para Brusque”, afirma.