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Candidato a deputado estadual: Osmar Vicentini defende mais participação das pessoas na política

Integrante do PSL fala também da coordenação da campanha de Bolsonaro na região

Idade: 61 anos
Naturalidade: Guabiruba
Profissão: Empresário
Grau de instrução: Ensino Fundamental completo
Religião: Católico
Nome na urna:  Osmar Vicentini
Número na urna: 17444
Candidato a presidente: Jair Bolsonaro (PSL)
Candidato a governador: Comandante Moisés (PSL)

O empresário Osmar Vicentini é figura conhecida em Guabiruba. É casado, pai de três filhos e tem uma neta.

Aos 61 anos, foi eleito sete vezes para mandatos na Câmara de Vereadores, já foi candidato a prefeito e a deputado estadual.

Neste ano, novamente coloca o nome à disposição para postular uma cadeira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Desta vez, no entanto, ele tenta fazer uma campanha para além do seu reduto eleitoral. Filiou-se ao PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas no cenário sem o ex-presidente Lula, que teve o registro de candidatura indeferido.

Com isso, Vicentini tenta colar a sua imagem com a de Bolsonaro como forma de capitanear apoio à candidatura – tem dito, por onde passa, que coordena a campanha do presidenciável no Vale do Itajaí-Mirim e do Rio Tijucas.

Nesta entrevista, Vicentini fala sobre as suas propostas para tentar convencer o eleitor a reservar a ele uma das cadeiras no Parlamento Catarinense. Acompanhe.

Assista à entrevista na íntegra:

Por que decidiu ser candidato a deputado estadual?
“Já fiz uma campanha a deputado há muito tempo, e depois sempre pleiteei a campanha municipal, tomei posse seis vezes no município de Guabiruba. Isso vem no meu pensamento, a gente acha que as pessoas boas têm que participar da política. Se o país está nesta direção que está hoje é porque as pessoas boas não participam, ficam se queixando, mas não vão à luta. O bom soldado tem que ir à luta. Eu me senti no dever, quando fui procurado pela equipe do Bolsonaro, do PSL, que esteve na minha propriedade me convidando para ser candidato junto com eles e coordenando a campanha aqui na nossa região do Vale. Eu gosto de política e acho que a política é o meio de fazer o bem à sociedade. É o meio de salvar a vida do ser humano aqui na terra, quando se junta uma equipe onde tem as pessoas participando, colocando o capital para que seja distribuído para a humanidade. Desta forma acho que devo estar sim, gosto de fazer política, sei fazer política e me acho competente para minha campanha”.

Qual é o primeiro projeto de lei que pretende propor, caso eleito deputado?
“O primeiro passo é cuidar da nossa família, protegê-la do que esta acontecendo no nosso país, a nossa família está sendo destituída. Quando falo família, falo do esteio da nossa humanidade. Quando se protege uma família, se protege o bem da sociedade, e o bem da sociedade traz tudo, saúde, educação, segurança, tudo o que precisa. Por isso será minha prioridade. Tenho também outras medidas, estarei lutando para que o dinheiro público seja devolvido. Que além de presos, se busque o dinheiro roubado do país. Serei pequeno no estado, mas farei a minha parte, levando ao povo o conhecimento, que se busque de volta o dinheiro roubado. Fiscalizar o governo, proteger o povo e fazer projeto para a sociedade”.

Qual será seu investimento prioritário com os recursos de suas emendas parlamentares? Elas serão aplicadas 100% na região?
“A gente vai fazer investimentos em todo o estado, mas as prioridades serão na nossa região, voltarei os trabalhos para a nossa região, mas também em todo o estado. Vamos falar da BR-470, uma obra que é necessária para o Vale, e que está lá com promessas, vamos falar da escola João Boos, em Guabiruba, que na semana passada vi as professoras pintando o nosso colégio, pagando a tinta do seu próprio salário, porque o estado não aplica nada, não faz nada. Vamos adiante nas coisas que tem pra se resolver, que são possíveis e não são resolvidas. Quem vai a Nova Trento conhece a rodovia Gentil Batistti Archer, não custa fazer uma segunda estrada subindo daqui para Nova Trento. Abrir uma estrada é um salário de um deputado de três ou quatro meses. Olha para a nossa estrada que vai até Itajaí, não está bonita? Mas estou ouvindo que querem colocar pedágio. Pra que isso, nós pagamos IPVA com que finalidade? A nossa barragem de Botuverá, só na conversa, fazem projeto, perdem projeto. Projeto é fácil fazer, e tirar o dinheiro da União, mas a obra é difícil. Aqui temos uma vida de primeiro mundo, queremos trabalhar, viver com dignidade e ser respeitados, mas é difícil sair trabalhar quando seu dinheiro sai pelo ralo. As coisas estão muito difíceis perante a União, a Administração. É muito chefe para pouco trabalhador. Nosso estado, nossa União, virou cabide de emprego. Temos que por na saúde mais médicos, mais remédios. Os políticos estão preocupados com voto, não com a população. Eu não precisava estar na política, tenho capitais, tenho família, vivo ha 61 anos onde eu nasci e estabeleci minha família, com suor, com trabalho. Nunca tive problema, mas sei que muitas pessoas têm problema de enfrentar o dia a dia”.

Qual o principal problema de Santa Catarina hoje, e o que o senhor, caso eleito, pode fazer para combatê-los?
“O inchamento da máquina, temos que enxugar a máquina, reduzir os custos. As obras que custam mil no privado é um milhão no governo. Há má coordenação dos nossos recursos. Na nossa saúde, olha bem, as pessoas morrem na fila para serem atendidas,eu conheço as pessoas, as coisas estão fora de padrão, partindo para um lado errado. Está na hora de pensar diferente, sentir a dor do fulano. Promessas foram feitas, nada se faz e continua na mesma história. Eu vou denunciar, porque não tenho medo de ninguém. O problema do estado não é a arrecadação, não é o trabalho do povo, é o dinheiro ser mal administrado pelo poder público. Por exemplo, o colono, o coitado, com as leis ambientais não pode cortar uma árvore para fazer fogo, não pode fazer nada”. 

A Assembleia Legislativa foi avaliada como a terceira mais cara do país. O que pode fazer para mudar essa realidade? Está disposto a abrir mão de privilégios? Quais?
“De certeza, 50% vou tirar fora, do que tiver de mordomia de deputado, senão mais. Sou homem católico, de igreja, vivo em lugar simples no interior. É mordomia para tudo que é lado, quantos assessores tem um deputado, nem sei dizer, vou tirar fora. O nosso país não foi feito assim, foi levantado a suor, a trabalho, e não com tanta chefia”.

O senhor acredita que tem como reunir votos suficientes apesar de representar uma cidade menor como Guabiruba?
“De certeza absoluta. Saio do município de Guabiruba com 14,7 mil votos [ver checagem], sem nenhum candidato no meu município. Tenho orgulho de ser o representante do Bolsonaro, sou candidato e coordenador da campanha no Vale do Itajaí-Mirim e Rio Tijucas. Com essa garantia, com esse crédito que me deu o Bolsonaro, com a pesquisa que ele tem em Brusque e região, que dá até 70% a 80% de votos [ver checagem], vi no Bolsonaro o país que eu quero para o nosso ser humano. Eu sendo candidato sozinho, o povo está me apoiando, a gente sente que querem votar. Acredito que vou chegar, nunca tive processo na minha vida pública, sou o mais velho político do PSL no país. As pessoas querem mudar, e vamos mudar o nosso país”.

O senhor é contra ou a favor da manutenção das Agências de Desenvolvimento Regional? Por quê?
“Sou contra, sem conversa. Vamos enxugar, vamos chamar o povo para mudar. Tenho sete mandatos em Guabiruba, nunca empreguei um amigo no município, nunca pedi emprego para alguém, e nunca usei dinheiro de alguém para minhas campanhas. Fiz os meus votos pelos meus projetos de trabalho”.

O governo estadual tem déficit de profissionais em áreas de segurança pública, como polícia, bombeiros e IGP. Ao mesmo tempo, está com os gastos com pessoal estourando o limite. Como prover esses cargos sem estourar as contas públicas?
“Tem que tirar fora o que tem de excesso, o cabide de emprego. Se tu queres fazer alguma coisa, o primeiro passo é manter somente as prioridades necessárias. Não dá mais, chegou ao limite. Precisa ter saúde, precisa ter segurança, eu fico envergonhado em ver a situação no país. Dizem que não tem dinheiro, mas é só saber aproveitar bem o dinheiro. Tirar fora as pessoas que estão sobrando nos setores, que vai sobrar dinheiro. Só precisa de administração com pessoas sérias. Se tu não colocas uma boa madeira, o cupim come tudo. Quando tu me diz que não tem mais dinheiro para colocar mais policiais, será que o povo não está pagando imposto ou está indo para outro buraco. Eu acho que está indo para outro buraco. O dinheiro não retorna como devia retornar”.

Guabiruba tem 14,7 mil eleitores?
Quase isso. Neste ano são exatamente 14.489 aptas a votar no município. Com abstenções, nulos e brancos, o número de votos válidos cai consideravelmente.

Jair Bolsonaro tem 70% a 80% de votos na região de Brusque, segundo pesquisa?
Nenhuma pesquisa foi divulgada até o momento especificamente na região. Não houve registro formal no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC). No entanto, como parte da coordenação da campanha, o candidato pode ter acesso a levantamentos internos, extraoficiais.