Candidato Marcos Habitzreuter (PL) apresenta propostas para governar Guabiruba

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Candidato Marcos Habitzreuter (PL) apresenta propostas para governar Guabiruba

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Idade: 47 anos
Naturalidade: Brusque
Profissão: Advogado
Grau de instrução: Ensino Superior completo
Número na urna: 22

Candidato a prefeito de Guabiruba, Marcos Habitzreuter (PL) atuou como professor na rede pública estadual entre 1998 e 2000, e atua como advogado em escritório criado desde 1999. Nas duas últimas eleições foi eleito suplente e exerceu a função de vereador por um mês, tanto em 2000 quanto em 2016.

Ele também ocupou cargos em comissão, como o de chefia de gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Brusque, assessor jurídico da Prefeitura de Guabiruba e do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo:

Na entrevista, Habitzreuter focou na questão da união de forças na cidade e em uma proposta de diálogo com outros partidos. O candidato falou de propostas para Saúde, infraestrutura e outras discussões. Confira os principais pontos da entrevista.

Assista entrevista na íntegra

Desde o início da pré-campanha, o senhor se apresentou como uma opção fora da polarização PP-MDB em Guabiruba. O que acredita que pode ser diferente?

De fato, existe um histórico eleitoral onde só tivemos vitórias do MDB e PP, e nós buscamos participar da eleição como um meio de união para o nosso município. Acreditamos que essa polarização está causando um certo desgaste e isso vem dificultando o recebimento de recurso, verbas, emendas parlamentares. A gente pode servir um elo, inclusive entre os próprios partidos.


Qual seu maior diferencial em relação aos seus adversários, Zirke e Orides Kormann?

Acredito que a gente vem como um sangue novo, assim como o 15 e o 11 fizeram na sua época, mas hoje nos sentimos com um partido de renovação, o único com capacidade de agrupar em torno de um projeto único. Vamos pensar em pessoas, deixar os partidos de lado e fazer a cidade crescer voltado a buscar recursos e ouvir a comunidade. Vamos chamar os outros partidos para ajudar na administração, não tenho nenhum problema em assumir isso.


Você propõe a criação de um conselho de ex-prefeitos, com poderes deliberativos. Como funcionaria? Acredita que as diferenças políticas permitem a viabilidade da proposta?

Esse conselho vem exatamente para simbolizar o que a gente pretende fazer. Sei que vai depender da vontade e interesse dos partidos, ex-prefeitos e vice, e, porque não, lideranças partidárias que não compuseram o Executivo. Acredito que é possível, não acho difícil eles (Zirke e Orides Kormann) participarem do conselho também. A gente não quer ter uma cadeira de prefeito, mas um banco, sentarmos com adversários e traçar metas conjuntas.


Quais obras são prioritárias para incentivar o crescimento de Guabiruba?

Fizemos um levantamento relacionado à estrada que liga Guabiruba e Blumenau, e hoje é um dos fatores que a gente vê para fomentar a economia municipal. O Deinfra levantou que 730 veículos passam lá diariamente, e, com asfaltamento, poderia transformar esse número em 2,8 mil, o que seria um giro enorme na cidade. Isso poderia desenvolver turismo e todo nosso mercado local. Vimos também que é preciso fazer um investimento, de fato, no turismo e na agricultura.


Você propõe um estudo para criação de um hospital municipal. Acredita na viabilidade financeira desse projeto?

Quando elaboramos, pensamos muito bem, porque não queremos fazer propostas de coisas que a gente não possa executar. Colocamos que seria feito uma análise, porque tem que ser feita a viabilidade, o impacto na folha de pagamento do município, a gente sabe que não é fácil. No primeiro momento, vejo como possível. A população pede e precisa muito. Fazê-lo não é fácil, mas é necessário bater pé, ir atrás de recurso e ir atrás dos governantes.


Nos últimos anos tem sido vislumbrada a ideia da prefeitura de Guabiruba contribuir com o Hospital Azambuja, já que os guabirubenses também são atendidos lá. Qual a sua opinião sobre isso?

Acredito que o hospital está tendo uma sobrecarga também por causa dos guabirubenses, a gente sabe que também tem uma cota de responsabilidade. É necessário que, se possível, aplique recurso no Azambuja. É claro que os prefeitos querem usar o recurso na nossa cidade, mas a gente sabe que o hospital não se toca sozinho. Por isso queremos bater na tecla do hospital municipal para concentrar nossos recursos na cidade de Guabiruba.


Como avalia a quantidade de funcionários da prefeitura? Pretende realizar concurso para alguma área específica?

Em um primeiro momento, não pensamos em concurso, mas sim em fazer um levantamento para saber como a cidade está em relação ao servidor público. Como temos independência, já que nosso partido é novo, (a intenção é) fazer cortes de cargos de confiança. Precisamos enxugar. Guabiruba vem sendo equilibrada nas finanças, não estamos ultrapassando demasiadamente o previsto em lei, mas o corte de cargos comissionados vai haver. O nosso vice-prefeito vai assumir uma secretaria, já teremos um secretário a menos.


O PL está concorrendo com chapa pura e tem pouca tradição na política local. Como pretende negociar com a Câmara, se eleito? É favorável a oferecer cargos para obter apoio no Legislativo?

Estamos fazendo uma campanha pura, até para ter independência para fazer o que a gente acredita e não o que convém. Criamos uma nominata de vereadores voluntária, e acredito que vamos eleger ao menos dois que, no nosso ponto de vista, já é suficiente para ser a nossa voz dentro da Câmara e poder passar aos pares dentro do Legislativo instruções no sentido de fazer a coisa certa. Cargos de forma alguma a gente negocia, nem dentro do nosso partido. Preferimos fazer a política dessa forma. Depois de eleito, vamos conversar. Não vamos olhar para partidos quando formos escolher cargos comissionados. Vamos trabalhar com pessoas competentes.


Você fala em criar uma estrutura para promover o turismo local. O que faria diferente do que tem sido feito nos últimos anos?

O turismo local se amplia com divulgação, assim como Brusque fez com a Fenarreco, temos que levar o nome para fora. Quando divulgamos o turismo local, uma festa tradicional, levamos o nome do município ao (âmbito) regional e até nacional. Precisamos incentivar os agricultores, nossa cultura local, os grupos de dança local, o Pelznickel. Vamos transmitir essa mensagem para mais pessoas.


A prefeitura vem fazendo estudos para implantação do transporte público nos últimos anos. É favorável? Qual seria o modelo ideal?

A gente sabe que é difícil, precisa estudo mais aprofundado. Mas fizemos um levantamento em cidades com a questão geográfica e populacional parecida com a nossa, e existe possibilidade, mas ele tem que ser mais aprofundado. As pessoas precisam do transporte coletivo, vem para reduzir o número de veículos na estrada. É uma pena que Guabiruba ainda não conseguiu fazer, mas acredito na viabilidade. 

O que acredito que vai se concretizar é a municipalização do transporte coletivo, porque com isso a gente consiga melhores preços da população. Precisa ser bem analisada a questão orçamentária, mas a municipalização diminui o valor e resolve o problema de muita gente, que mora de aluguel, não tem veículo para se deslocar.


Qual suas propostas para a educação, principalmente para os professores?

Temos um quadro de efetivo grande, maior parte dos nossos professores são ACTs. Falando em concurso público, a gente vai acabar chegando no ponto dos professores, para deixar as pessoas de fato disponíveis e fazer parte do crescimento que o (professor) efetivo tem comparado aos ACTs. Falo muito em moral e civismo, a questão das escolas ter o uso do hino nacional, juramento à bandeira, para gerar disciplina e dar maior segurança ao professor. Além do salário, – para ser sincero não me aprofundei na questão salarial -, o professor ter integridade física e segurança jurídica dentro de uma sala de aula.


A prefeitura rompeu com a Casan e concedeu o serviço de tratamento de água para Atlantis. Concorda com a medida? O que precisa melhorar nessa área?

Vejo o governo do Matias Kohler como um trabalho bem feito nesses oito anos, assim como o Orides (Kormann). Admiro muito o Matias, mas, de tudo que ele fez, na minha visão, não foi o mais adequado. Acredito que Guabiruba deveria ter partido para municipalização da água. Mas está feito, foi contratado, está sendo tratado pela comunidade com muito fervor, as pessoas estão sofrendo. Não sei quais são os exatos erros neste momento, mas, se for o prefeito, quero ver bem de perto a situação, analisar de forma aprofundada o contrato e exigir o cumprimento dessas regras que estão no papel para ver a água melhorada.


Qual o número de veículos passa pela SC-420?
Um estudo de tráfego feito pelo Deinfra, divulgado em 2016, estimou que passam 730 veículos por dia na via, e o mesmo estudo indicam que com o asfaltamento poderiam passar 2,7 mil. Considerando que o estudo foi feito há quatro anos, os números informados pelo candidato batem com a informação oficial.


 

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