Cansados de esperar, moradores do Cedro Alto pagam por patrolamento de rua

Moradores da rua Otaviano Rosa sofrem há anos com os buracos, com a poeira e lama

Cansados de esperar, moradores do Cedro Alto pagam por patrolamento de rua

Moradores da rua Otaviano Rosa sofrem há anos com os buracos, com a poeira e lama

Após desistir de esperar a Secretaria de Obras de Brusque realizar patrolamento na rua Otaviano Rosa, no Cedro Alto, quatro famílias de moradores resolveram pagar uma empresa particular para realizar o serviço.

A via recebe fluxo constante de veículos e estava há mais de mês esburacada. No entanto, depois da chuva intensa da última semana, os buracos aumentaram, o que chegou a ocasionar estragos em veículos e acidentes com motociclistas, que desequilibravam-se e caíam no chão.

Os moradores, que há anos sofrem com os buracos, com a poeira e com a lama, ligaram para a Secretaria de Obras na semana passada. Porém, assim como esperavam, a pasta informou que não poderia realizar o serviço naquele momento, já que a patrola estava quebrada.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Acostumados com este tipo de resposta, os moradores resolveram se unir e pagar pelo serviço, que custou cerca de R$ 500 por duas horas e foi executada na terça-feira, 1. A empresa fez o patrolamento numa extensão de 1,5 quilômetro, próximo da residência destas famílias.

A costureira Jane Baloni e seu esposo pagaram pelo patrolamento. Ela conta que há 12 anos mora na rua e sempre teve problemas. Jane diz que como a Secretaria de Obras não deu uma resposta de quando fariam o serviço, os moradores optaram por fazer alguma coisa. “É o cúmulo do absurdo. A gente paga impostos, IPTU, o IPVA do carro, pagamos impostos que deveria voltar para nós em melhorias, em estrada e saúde, mas não temos isso”, afirma a costureira, que completa: “Antes da eleição muitas pessoas vieram pedir votos e prometeram cuidar mais desta rua que é movimentada, agora todos sumiram”.

A abatedoura Marli Avi também mora na Otaviano Rosa e conta que a via estava intransitável. Ela lembra que em frente a sua residência, carros já quebraram e uma menina caiu de moto. Segundo Marli, há três meses que “ninguém mais viu a patrola passar” e por isso os moradores se revoltaram e precisaram pagar pelo patrolamento. “A rua tava que não dava mais para passar. Em época de eleição prometem mundos e fundos, mas depois não fazem nada. Pedimos e imploramos, e nada”.

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