Cargos de assessor da presidência e assessor tecnológico são criados na Câmara de Brusque
Novas funções substituem a de assessor de imprensa e chefe de manutenção
Os vereadores aprovaram na sessão desta terça-feira, 19, por oito votos a cinco, dois novos cargos comissionados para a Câmara de Brusque. A partir de agora, a casa legislativa contará com o cargo de assessor de gabinete da presidência e também o de assessor legislativo de apoio tecnológico.
Ambos foram criados para substituir as funções de assessor de imprensa e de chefe de manutenção e serviços gerais, criados, respectivamente, em 1995 e 2015.
O projeto de resolução que extingue e cria os novos cargos é de autoria da mesa diretora da Câmara, composta por José Zancanaro; Ivan Martins; Cleiton Bittelbrunn e Gerson Morelli, o Keka.
José Zancanaro, presidente do legislativo, diz que o objetivo do projeto é adequar os serviços da Câmara. “A mesa entendeu, por unanimidade, que hoje a Câmara não necessita mais de um assessor de imprensa. Já existem duas profissionais altamente competentes e não cabe ter mais um assessor. O cargo de chefe de manutenção também a mesa entendeu que não há mais necessidade, já que temos quatro servidores no setor”, diz.
Zancanaro também justificou a criação dos dois novos cargos em substituição ao de assessor de imprensa e chefe de manutenção. “Substituímos os dois cargos por outros necessários. O presidente de qualquer Câmara precisa ter um chefe de gabinete, que tem várias atribuições e vai assessorar o presidente nas suas funções”.
O presidente destacou ainda a necessidade de um profissional para a área técnica da Câmara, com a criação da função do assessor de apoio tecnológico. “Precisamos de alguém para auxiliar na captação de áudio e vídeo do plenário, para a transmissão de nossas sessões, supervisionar os equipamentos e todas essas funções. Estamos em falta desde que o querido sobrinho nos deixou”, diz, se referindo a Ronei Zancanaro, que atuava em função semelhante e foi exonerado em março do ano passado por causa da lei antinepotismo.
Líder do governo na Câmara, Alessandro Simas (PSD) defendeu a aprovação do projeto. “Prefeito, presidente da Câmara, empresários tem que ter pessoas de sua confiança para encaminhar o dia a dia, no caso, aqui do presidente da Câmara entendo que pode ser implementado sem prejuízo”.
Vereadores contrários
Alguns vereadores se manifestaram contra o projeto. Claudemir Duarte, o Tuta (PT), destacou que este não é o momento para criar novos cargos. “Se fosse somente o cargo de assessor tecnológico, eu até apoiaria, mas está junto o assessor da presidência. Sou contra este não é o momento”.
Para Marcos Deichmann (Patri), o projeto não pode ser tratado como uma readequação. “Hoje os dois cargos que querem extinguir não tem ninguém contratado, estão vagos, e o andamento da casa está normal, a todo vapor. Mudar a nomenclatura para contratar e dobrar salário, eu não concordo”.
Paulo Sestrem (Patri) disse que o projeto precisa ser melhor discutido, principalmente no que se refere à folha de pagamento. “Quando faz mudança de nomenclatura, muda também os vencimentos. Vai passar de R$ 2,6 mil para quase R$ 6 mil com as gratificações. Por isso, penso que temos que ir um pouco mais devagar”.
O vereador Ivan Martins (PSD) destacou que o projeto aprovado nesta terça-feira apenas cria os cargos. A remuneração será discutida em outro projeto. “Em outra oportunidade teremos a chance de debater a remuneração. Hoje é só a criação dos cargos. O que queremos é substituir os cargos que não tem mais serventia para os trabalhos legislativos”.