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Carlos Chiodini afirma que estado precisa se preparar para crise hídrica

Em Brusque, secretário afirma que estuda taxar grandes consumidores de água do estado

Carlos Chiodini afirma que estado precisa se preparar para crise hídrica

Em Brusque, secretário afirma que estuda taxar grandes consumidores de água do estado

O secretário de estado de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Carlos Chiodini, recentemente empossado no cargo, esteve em Brusque na última sexta-feira, 6, onde realizou visitas institucionais. Chiodini assumiu uma pasta que é responsável, entre outras coisas, pela gestão dos recursos hídricos do estado. Em entrevista ao Município Dia a Dia, ele disse que o estado precisa começar a adotar medidas preventivas contra a crise hídrica que começa a se espalhar pelo país.

Conforme o secretário, a crise hídrica ameaça severamente o Produto Interno Bruto do país em 2015. A estimativa atual é de que o PIB pode cair até 1% este ano, fechando no negativo. Ele admite que a gestão dos recursos hídricos não vinha tendo a atenção merecida do estado.

“Agora, com a crise no Rio de Janeiro e São Paulo, já estamos nos preocupando. O Brasil infelizmente funciona assim: depois que acontecem as coisas é que se vai atrás de políticas públicas”, observa. O secretário afirma ainda que “ninguém está preparado para uma crise hídrica”, mas que é possível gerir melhor os recursos naturais.

Como saída, ele apresenta algumas medidas que serão adotadas pelo governo do estado, como o fortalecimento dos comitês das bacias hidrográficas, responsáveis pela aprovação de eventuais intervenções nos rios catarinenses.

Chiodini também comenta que vai acelerar os pagamentos de compensações ambientais para preservação de rios. Segundo ele, assim será possível investir imediatamente em preservação de nascentes de água.

Taxar os grandes consumidores

A medida mais polêmica, em estudo pela secretaria, é cadastrar os grandes consumidores de água do estado, e cobrar um pouco a mais dos que usam muita água. Valores de consumo e alíquotas desta taxa ainda não foram definidas, mas a indústria papeleira é o principal alvo, segundo o secretário.

“A indústria papeleira, para produzir uma tonelada de papel, gasta 5 mil litros de água. Temos que taxar essas indústrias que usam água demais, para utilizar os recursos na preservação das nascentes”, diz o secretário, referindo-se a modelo similar já utilizado em Balneário Camboriú, que deve ser expandido para o resto do estado.

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