Carro que pega fogo reacende alerta para riscos de falta de manutenção
Incêndio veicular é raro, mas perigoso
Um incêndio veicular que aconteceu na semana passada, no Centro de Brusque, alerta para os cuidados que os motoristas devem ter em relação a manutenção de seu carro e a importância de saber agir corretamente nesses casos, que podem gerar graves acidentes. Na ocasião, o proprietário do VW/Santana estava conduzindo o veículo, quando na rua Padre Gatona, ao lado da Igreja Matriz São Luís Gonzaga, percebeu a forte fumaça que vinha do motor. Ele tentou as chamas com o extintor de incêndio, mas o fogo acabou se alastrando.
O tenente Hugo Manfrin Dalossi, comandante do Corpo de Bombeiros de Brusque, alega que em casos como estes, quando existe o risco de fogo no veículo, o ideal é abrir apenas uma fresta do capô do carro, pois ao entrar em contato com o oxigênio as chamas podem se alastrar. “Assim que um pequena brecha for aberta, o motorista deve usar o extintor e mirar direto no foco da fumaça”, explica.
Se o fogo se alastrar, pode causar acidentes e queimaduras graves. Além disso, se estiver dentro de uma garagem, por exemplo, pode incendiar a casa e machucar outras pessoas. “O ideal é sempre fazer a manutenção do veículo, é algo simples que pode evitar problemas mais sérios, além de prejuízos financeiros”, comenta o tenente Manfrin.
Gerson dos Santos, funcionário da Auto Mecânica Kohler, no Guarani, conta que casos de incêndios veiculares são bem raros, mas quando acontecem, geralmente é causado pela falta de manutenção no carro ou por falhas mecânicas. O problema pode ser mais frequente entre os carros antigos, que apresentam mais problemas.
José Inácio Kohler, dono da oficina, mantém o estabelecimento há 25 anos e conta que isso normalmente acontece em carros fabricados até os anos 90. “Para um carro pegar fogo ele precisa estar bem danificado, por isso, é difícil acontecer esses casos, pois antes de pegar fogo ele começa a dar avisos de que algo está errado. O ideal é fazer a manutenção regularmente, principalmente se o carro for antigo”, explica.
Ele observa que muitas vezes o motorista esquece de fazer a revisão e só procura uma oficina quando o carro para de funcionar ou apresenta um problema grave. Ele afirma que quando existe uma revisão frequente, incêndios, acidentes e defeitos podem ser evitados. No caso do incêndio da noite de quinta-feira, 25, ninguém ficou ferido, mas o carro ficou bem danificado. O Corpo de Bombeiros foi acionado para auxiliar no combate às chamas.