X
X

Buscar

Cartão de crédito é o vilão do endividamento das famílias catarinenses

Segundo Fecomércio SC, endividamento no Estado se mantém elevado

O ano de 2015 termina com sinal de alerta nas finanças para boa parte dos catarinenses, com o cartão de crédito sendo apontado como o vilão do endividamento das famílias (49,8%), seguido pelos carnês (35,2%), financiamento de carro (31,2%) e do financiamento da casa própria (16,2%).

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), de dezembro, realizada pela Fecomércio, apresentou uma elevação em termos mensais e anuais no nível de endividamento das famílias – que estão com parte de sua renda comprometida com contas parceladas e financiamentos. Já o índice de inadimplência, que trata dos consumidores com dívidas ou contas em atraso, se manteve estável em 20,4%.

Com a expressiva alta na comparação anual das famílias endividadas, que registrou um aumento de 8,4 pontos percentuais, passando de 54,5%, para 62,9%, os números apontam para o recorde na série histórica, iniciada em janeiro de 2013, pelo terceiro mês consecutivo.

A parcela da renda das famílias comprometidas com dívidas recuou pouco (30,9%) comparado a novembro (31,4%), esse dado é reflexo das elevadas taxas de juros aplicadas pelo mercado de crédito no último ano.

Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, o consumidor tem procurado renegociar suas dívidas com maior frequência e essa procura acontece em um momento de retração econômica que o país vive.

“Todos esses indicadores se complementam e suas alterações são resultados de uma desaceleração da renda real das famílias, puxada pela alta inflação. Somado à elevação das taxas de juros, que desempenha um papel de destaque no comportamento dessas variáveis, com a taxa básica Selic em um nível mais alto desde 2006″, alertou Breithaupt.

Endividamento

Os dados da Pesquisa também revelam um endividamento maior nas famílias que recebem mais de dez salários mínimos (65,7%) em comparação às famílias com renda inferior (63,8%).

Já a percepção do nível de endividamento registrou queda na comparação mensal, como exemplo o recuo no índice dos muito endividados de 15,5% em novembro para 15,1% em dezembro.