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Casal de onças é transferido para o antigo recinto do chimpanzé, no parque Zoobotânico

Os felinos foram transferidos para o novo recinto na manhã desta segunda-feira, 21, após cerca de três semanas de preparação

A partir de agora, quem visitar o Parque Zoobotânico de Brusque perceberá movimentação diferente na antiga jaula do chimpanzé Kassin. O espaço, que estava vazio desde a transferência do animal para o zoológico de Pomerode no fim do ano passado, abriga o casal de onças Nina e Mike.

Os dois felinos foram transferidos para o novo recinto na manhã desta segunda-feira, 21, após cerca de três semanas de preparação. Segundo o biólogo e responsável técnico geral do zoo, Rodrigo de Souza, a mudança se deve à vistoria que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez no parque no ano passado.

“Com a vistoria, o Ibama exigiu algumas adequações. Entre elas, algumas no recinto das onças. Mas a melhor forma que encontramos para nos enquadrarmos nessas adequações foi mudar os animais para o recinto do chimpanzé”, diz.

A torre que era bastante utilizada pelo chimpanzé, foi adequada para grandes felinos / Foto: Divulgação

A transferência das onças, explica Souza, iniciou há cerca de três semanas quando a caixa em que os animais seriam transportados foi introduzida no recinto. A ação serviu para que Nina e Mike se acostumassem com o objeto.

“Também fomos oferecendo comida. É uma estratégia para que o animal não se sinta ameaçado com a caixa. Para que ele possa ir e vir sem problema algum. Aos poucos as onças foram acostumando e depois que vimos que não causaria estresse, fizemos o transporte. Nosso objetivo era evitar a anestesia, ainda mais porque nossas onças já têm uma certa idade”, afirma o biólogo.

Além da caixa, a equipe do zoo precisou do auxílio da Secretaria de Obras durante o processo. O órgão cedeu um guindaste para que o transporte de um recinto a outro fosse realizado.

Embora a mudança já tenha ocorrido, Souza lembra que as atividades relacionadas ao novo recinto não se encerraram. Agora, a equipe do zoo monitorará o comportamento das onças para verificar a necessidade de novas alterações no espaço.

A piscina foi dividida em dois espaços, um para os animais beberem água e outro para o projeto de enriquecimento desenvolvido no zoo / Foto: Divulgação

“Até o fim de dezembro vamos fazer a observação. Mudança sempre causa um tipo de estresse. Então temos de estar preparados para qualquer acontecimento e também para adequações. Por exemplo, às vezes o animal opta por certos locais para tomar água. Então temos de adaptar isso e fazer com que fique do jeito que ele gosta”, diz.

Adequações

Para o novo recinto receber as duas onças, algumas adequações foram fundamentais. De acordo com Souza, a torre, a piscina e a jaula onde o animal fica trancado quando necessário foram as principais modificações.

A torre, que está instalada no centro do espaço e que era bastante utilizada pelo chimpanzé, foi adequada para grandes felinos. Já a área da piscina foi dividida em duas, uma para os animais beberem água e se refrescarem e outra para a equipe do zoo realizar a técnica chamada de enriquecimento ambiental – utilizada para que os indivíduos tenham comportamentos naturais.

Outras mudanças

Além da mudança de recinto das onças, outros animais também serão colocados em novas áreas. Os próximos, segundo Souza, serão as pumas. O biólogo afirma que elas irão para o recinto das onças, que agora está vazio.

“Antes disso, teremos que reformar o recinto. A gente vai acabar fazendo várias mudanças. Como as puma são nossos segundos maiores felinos, eles serão as próximas. As mudanças vão ser gradativas. A nossa intenção é construir novos recintos também. Mas faz parte de um projeto que provavelmente vai até 2020”, explica o biólogo.

Novos animais

Com as mudanças e as reformas nos recintos, a chegada de novos moradores também segue nos projetos do Zoobotânico. Segundo Souza, como está no fim do ano e o governo mudará, a equipe precisa aguardar até janeiro do ano que vem para planejar. Ainda assim, as propostas para recebimento de animais – como os leões – ainda continuam de pé.