Casan se manifesta sobre críticas em relação aos serviços prestados em Guabiruba

Comentários foram tecidos em sessão da Câmara de Vereadores do município

Casan se manifesta sobre críticas em relação aos serviços prestados em Guabiruba

Comentários foram tecidos em sessão da Câmara de Vereadores do município

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 23, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) contesta comentários manifestados em sessão da Câmara de Vereadores de Guabiruba, realizada em 14 de agosto. “Enquanto gerenciou a operação na cidade, a empresa jamais deixou de cumprir os procedimentos técnicos necessários para garantir a potabilidade do produto distribuído à população”, afirma a empresa.

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A Casan diz ainda que não foi indenizada pelos ativos não amortizados durante o período de concessão do sistema e que “vê sua credibilidade sendo usada para encobrir falhas operacionais da empresa privada que, sem processo de licitação, assumiu o sistema da Guabiruba em abril e está encontrando visíveis dificuldades para abastecer a cidade”.

Consultado pela reportagem, o prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, afirma que “a Casan construiu sua história no município e só não continua aqui por incompetência dela”, o que, de acordo com ele, gerou a necessidade de alteração na empresa responsável pelos serviços.

Ainda segundo o prefeito, algumas das situações que estão ocorrendo nesse período de contrato com a Atlantis são resultado da fragilidade do sistema deixado pela Casan. “Em virtude isso, estamos trabalhando continuamente para aprimorar, mas precisamos de tempo para recuperar as condições necessárias.” Quanto às discussões de qualidade do serviço pontuadas em nota pela antiga concessionária, Kohler acredita que “é papo de quem não cumpriu direito e não conseguiu a oportunidade de fazer isso em Guabiruba”.

De acordo com a Casan, seria “prudente que a Vigilância Sanitária e agências reguladoras investigassem o que está ocorrendo de fato com a qualidade da água de Guabiruba atualmente”. A empresa rebate as acusações quanto à qualidade com o argumento de que são maneiras de justificar a capacidade da atual empresas de fornecer os serviços, e afirma que os comentários avançam para o campo de difamação e calúnia, “que deverão ser respondidas no devido foro”.

O diretor-presidente da Atlantis, Anderson Botega, pontua que a estrutura deixada pela Casan é sucateada. Como exemplo, cita que boa parte dos hidrômetros com mais de sete anos de uso e que o sistema de captação de água de Guabiruba não possui “nem ao menos” uma bomba reserva.

Botega afirma ainda que a estrutura deixada pela Casan em Guabiruba permite a produção de aproximadamente 3 mil m³ de água por dia, ou seja, exatamente o consumo diário do município. “Os reservatórios da cidade são de 400 m³, o que seria suficiente para abastecer a cidade por duas horas. A legislação define que deveria ser suficiente para pelo menos oito horas”, destaca.

De acordo com o diretor-presidente, o município está investindo em melhorias no plano de saneamento: autorizou a empresa a fazer uma pesquisa de vazamentos e fez trocas em todo o material de filtro na estação de tratamento. Outro plano é resolver os problemas de pressurização em algumas regiões do município. “De acordo com nossos engenheiros, será aberto um edital para a aquisição de uma nova bomba de captação.”

“Sobre a nota da Casan especificamente, temos registros de diversos meios de comunicação de Brusque desde 2014, reportagens em que a população reclama do serviço. Temos em mãos relatórios da agência reguladora que apontaram uma quantidade enorme de inconformidades, e algumas ainda existem. Temos ouvido da população sobre uma melhora significativa, principalmente sobre atendimento e na resposta em problemas de abastecimento. Não tivemos nenhuma amostra coletada pela Vigilância Sanitária estadual que questione a qualidade da água. A qualidade tem melhorado, principalmente após a troca do leito filtrante. Onde a Casan tem estruturas em perfeito funcionamento, é muito difícil que o município queira deixá-la”, afirma.

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Relembre o caso
A Prefeitura de Guabiruba firmou, em abril deste ano, um contrato em caráter emergencial com a empresa Atlantis Saneamento, que assumiu a gestão e fornecimento de águas e saneamento no município. A duração do contrato é de seis meses e a empresa atua sob a marca “Guabiruba Saneamento”.

A prestação de serviços da empresa substituiu a Casan, concessionária que atuou em Guabiruba por 43 anos. Em coletiva de imprensa realizada à época para anunciar a mudança, o prefeito Matias Kohler ressaltou que a não-renovação do contrato com a Casan e a urgência da contratação de outra empresa ocorreu devido à falta de assistência fornecida pela concessionária ao município.

Posteriormente, no início de julho, a prefeitura divulgou que uma empresa de São José foi a vencedora da licitação para realizar a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, que deve ser apresentado até o final deste ano.

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